O conceito de Arquitetura Corporativa existe já há quase 30 anos na indústria de TI e administração, mas apenas nos últimos anos tem obtido alguma visibilidade no mercado Brasileiro. Mas o que é mesmo uma Arquitetura Corporativa?
Adaptei um meta-modelo de um corpo de conhecimento chave para arquitetura corporativa, o TOGAF, que mostra a visão holística da arquitetura dentro de uma empresa.
Uma arquitetura corporativa tem alguns pontos chave, que destaco aqui:
- ênfase no pensamento estratégico de forma que o time de arquitetura gere uma visão arquitetural para todo projeto, de forma que que todo o esforço do time de arquitetura seja convergente às expectativas de negócio dos gestores;
- a clara necessidade de organizar os requisitos arquiteturais do projeto antes que a solução seja endereçada;
- a decomposição da arquitetura em quatro disciplinas: arquitetura de negócio, arquitetura de aplicações/software, arquitetura de dados e arquitetura tecnológica;
- a governança de todo o esforço arquitetural nos projetos, iniciativas e oportunidades, i.e, um controle dos artefatos arquiteturais gerados, a mensuração do valor gerado por estas iniciativas e o controle dos ciclos de melhoria contínua.
De forma pragmática, a arquitetura corporativa nos ensina que escolher uma tecnologia no primeiro dia do projeto normalmente tende a ser uma má idéia. Isso traz uma profunda implicação para os “arquitetos Java EE” ou os “arquitetos .NET” que usualmente levam a sua tecnologia a tira-colo antes de entender o problema, a estratégia de uma organização e capturar corretamente os requisitos arquiteturais que eles devem endereçar. Em verdade, o próprio termo “arquiteto Java EE” ou “arquiteto .NET” traz uma contradição per se.
O tema arquitetura corporativa é ainda muito vasto e desafiador, mas a internalização dos alguns dos seus princípios fundamentais pode nos ajudar a resolver problemas de TI de forma a gerar maior valor de negócio para as empresas e com soluções mais robustas e assertivas.
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