Thursday, December 27, 2012

A Riqueza das Nações

"Todo homem é rico ou pobre, de acordo com o grau em que consegue desfrutar das coisas necessárias, das coisas convenientes e dos prazeres da vida. Todavia, uma vez implantada plenamente a divisão do trabalho, são muito poucas as necessidades que o homem consegue atender com o produto de seu próprio trabalho. A maior parte delas deverá ser atendida com o produto do trabalho de outros, e o homem será então rico ou pobre, conforme a quantidade de serviço alheio que está em condições de encomendar ou comprar. Portanto, o valor de qualquer mercadoria, para a pessoa que a possui, mas não tenciona usá-la ou consumi-la ela própria, senão trocá-la por outros bens, é igual à quantidade de trabalho que essa mercadoria lhe dá condições de comprar ou comandar. Consequentemente, o trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias."

Adam Smith




Wednesday, December 26, 2012

Síntese de A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas Kuhn

Silvio Seno Chibeni
Departamento de Filosofia, Unicamp

Apresenta-se aqui uma síntese de alguns dos tópicos importantes do livro de Thomas Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions, cuja primeira edição apareceu em 1962. Essa síntese não visa, evidentemente, a substituir a leitura do próprio livro, tendo caráter meramente didático e introdutório.

Kuhn começou sua carreira acadêmica como físico teórico, interessando-se depois por história da ciência. Ao longo das importantes investigações que empreendeu acerca das teorias científicas passadas, realizadas segundo uma nova perspectiva historiográfica, que procura compreender uma teoria a partir do contexto de sua época, e não do ponto de vista da ciência de hoje, Kuhn se deu conta de que a concepção de ciência tradicional não se ajustava ao modo pelo qual a ciência real nasce e se desenvolve ao longo do tempo. Essa percepção da inadequação histórica das idéias usuais sobre a natureza da ciência o conduziu, finalmente, à filosofia da ciência. Seus estudos nessa área apareceram publicados de modo mais amplo em seu livro de 1962, A Estrutura das Revoluções Científicas. Esse trabalho viria a exercer uma influência decisiva nos rumos da filosofia da ciência. Embora em uma linguagem aparentemente acessível, Kuhn avança nele teses bastante sofisticadas sobre o conhecimento científico e o conhecimento em geral, que receberam críticas filosóficas diversas ao longo dos anos. Naturalmente, este não é o lugar para adentrarmos essas discussões. Limitar-nos-emos a expor simplificadamente alguns dos pontos destacados por Kuhn e que aglutinaram as atenções dos filósofos da ciência nas décadas subseqüentes à publicação do livro.
A espinha dorsal da concepção kuhniana de ciência consiste na tese de que o desenvolvimento típico de uma disciplina científica se dá ao longo da seguinte estrutura aberta:

fase pré-paradigmática ® ciência normal ® crise ® revolução ®
nova ciência normal ® nova crise ® nova revolução ® ...

Daremos agora uma explicação simplificada das noções envolvidas nessa cadeia evolutiva de uma ciência.
A fase pré-paradigmática representa, por assim dizer, a pré-história de uma ciência, aquele período no qual reina uma ampla divergência entre os pesquisadores, ou grupos de pesquisadores, sobre quais fenômenos dever ser estudados, e como o devem ser, sobre quais devem ser explicados, e segundo quais princípios teóricos, sobre como os princípios teóricos se inter-relacionam, sobre as regras, métodos e valores que devem direcionar a busca, descrição, classificação e explicação de novos fenômenos, ou o desenvolvimento das teorias, sobre quais técnicas e instrumentos podem ser utilizados, e quais devem ser utilizados, etc. Enquanto predomina um tal estado de coisas, a disciplina ainda não alcançou o estatuto de científica, ou seja, não constitui uma ciência genuína.
Uma disciplina se torna uma ciência quando adquire um paradigma, encerrando-se a fase pré-paradigmática e iniciando-se uma fase de ciência normal. Este é o critério de demarcação proposto por Kuhn para substituir os critérios indutivista e falseacionista. O termo ‘paradigma’ tem uma acepção bastante elástica no texto original de Kuhn, e não podemos aqui adentrar as sutilezas de seu significado. Em seu sentido usual, pré-kuhniano, o termo significa ‘exemplo’, ‘modelo’. Assim, amo, amas, ama, amamos, amais, amam é um paradigma da conjugação do indicativo presente dos verbos regulares da Língua Portuguesa terminados em ‘ar’.
Kuhn percebeu que a transição para a maturidade, para a fase científica, de uma disciplina envolve o reconhecimento, por parte dos pesquisadores, de uma realização científica exemplar, que defina de maneira mais ou menos clara os principais pontos de divergência da fase pré-paradigmática. A mecânica de Aristóteles, a óptica de Newton, a química de Boyle, a teoria da eletricidade de Franklin estão entre os exemplos dados por Kuhn de paradigmas que fizeram algumas disciplinas adentrar a fase científica.
É difícil explicitar, especialmente em poucas palavras, os elementos que entram na formação de um paradigma. Kuhn sustenta mesmo que essa explicitação nunca pode ser completa. A razão disso é que o conhecimento de um paradigma é, em parte, tácito, adquirido pela exposição direta ao modo de fazer ciência determinado pelo paradigma. Assim, por exemplo, é somente fazendo óptica à maneira de Newton que se pode conhecer completamente o paradigma óptico newtoniano, ou fazendo eletromagnetismo à maneira de Maxwell que se pode conhecer completamente o paradigma eletromagnético.
No entanto, podemos, a título de balizamento, considerar como partes integrantes de um paradigma: uma ontologia, que indique o tipo de coisa fundamental que constitui a realidade; princípios teóricos fundamentais, que especifiquem as leis gerais que regem o comportamento dessas coisas; princípios teóricos auxiliares, que estabeleçam sua conexão com os fenômenos e as ligações com as teorias de domínios conexos, regras metodológicas, padrões e valores que direcionem a articulação futura do paradigma; exemplos concretos de aplicação da teoria; etc.
Um paradigma fornece, pois, os fundamentos sobre os quais a comunidade científica desenvolve suas atividades. Um paradigma representa como que um “mapa” a ser usado pelos cientistas na exploração da Natureza. As pesquisas firmemente assentadas nas teorias, métodos e exemplos de um paradigma são chamadas por Kuhn de ciência normal. Essas pesquisas visam, principalmente, a extensão do conhecimento dos fatos que o paradigma identifica como particularmente significativos, bem como o aperfeiçoamento do ajuste da teoria aos fatos pela articulação ulterior da teoria e pela observação mais precisa dos fenômenos.
Um ponto importante destacado por Kuhn é que enquanto o “mapa” paradigmático estiver se mostrando frutífero, e não surgirem embaraços sérios no ajuste empírico da teoria, o cientista deve persistir tenazmente no seu compromisso com o paradigma. Embora a ciência normal seja uma atividade altamente direcionada, e em um certo sentido seletiva, essa restrição é essencial ao desenvolvimento da ciência. É somente centrando sua atenção em uma gama selecionada de fenômenos e princípios teóricos explicativos que o cientista conseguirá ir fundo no estudo da Natureza. Nenhuma investigação de fenômenos poderá ser levada a cabo com sucesso na ausência de um corpo de princípios teóricos e metodológicos que permitam seleção, avaliação e crítica do que se observa. Aqui se nota um dos principais enganos da concepção clássica de ciência, que imaginava ser possível fazer observações neutras. Nas concepções contemporâneas, reconhece-se que fatos e teorias estão em constante relação de interdependência, como que em “simbiose”, os primeiros sustentando as últimas e estas contribuindo para a sua seleção, classificação, concatenação, predição e explicação. De posse de um corpo de princípios teóricos e regras metodológicas, o cientista não precisa a cada momento reconstruir os fundamentos de seu campo, começando de princípios básicos e justificando o significado e uso de cada conceito introduzido, assim como a relevância de cada fenômeno observado.
Kuhn entende a ciência normal como uma atividade de resolução de “quebra-cabeças” (puzzles), já que, como eles, ela se desenvolve segundo regras relativamente bem definidas. Só que na ciência os quebra-cabeças nos são apresentados pela Natureza. Ao longo da exploração de um paradigma pode ocorrer que alguns desses quebra-cabeças se mostrem de difícil solução. O dever do cientista é insistir no emprego das regras e princípios paradigmáticos fundamentais o quanto possa. Utilizando a analogia, não vale, por exemplo, cortar um canto de uma peça do quebra-cabeça para que se encaixe em uma determinada posição. Mas no caso da ciência esse apego ao paradigma, que é essencial, como indicamos acima, não pode ser levado ao extremo. Quando quebra-cabeças sem solução a que Kuhn denomina anomalias se multiplicam, resistem por longos períodos aos melhores esforços dos melhores cientistas, e incidem sobre áreas vitais da teoria paradigmática, chegou o tempo de considerar a substituição do próprio paradigma. Nestas situações de crise, membros mais ousados e criativos da comunidade científica propõem alternativas de paradigmas. Perdida a confiança no paradigma vigente, tais alternativas começam a ser levadas a sério por um número crescente de cientistas. Instala-se um período de discussões e divergências sobre os fundamentos da ciência que lembra um pouco o que ocorreu na fase pré-paradigmática. A diferença básica é que mesmo durante a crise o paradigma até então adotado não é abandonado, enquanto não surgir um outro que se revele superior a ele em praticamente todos os aspectos.
Quando um novo paradigma vem a substituir o antigo, ocorre aquilo que Kuhn chama de revolução científica. Grande parte das teses filosóficas sofisticadas desse autor que se tornaram alvo de polêmicas entre os especialistas ligam-se ao que ele assevera acerca das revoluções científicas. Conforme já alertamos, não constitui propósito destas notas adentrar esse debate.

* * *
KUHN, T. S. The Structure of Scientific Revolutions. 2 ed., enlarged. Chicago and London: University of Chicago Press 1970.

Ó S. S. Chibeni

Fonte: http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/structure-sintese.htm

Monday, December 17, 2012

Pedagogia

"A educação talvez seja a única atividade profissional em que o trabalhador pode não se preocupar com a responsabilidade pelo resultado de seu trabalho."

Fonte: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/filos02.htm


Thursday, December 13, 2012

Resumo das funciondalidades da JVM7



Recursos de Linguagem

1) Switch com strings
2) Declaração de literais e o uso do underscore
3) try-with-resources e multi-catch
4) Parâmetros para construtor com Genéricos
5) Binary Literals
6) Diamond Syntax
7) Try with Resources
8) Métodos com tipos genéricos
9) Closures
10) Automatic Resource Management (ARM)
11) Properties


Recursos da JVM

1) Performance
2) Operador de verificação de referências null
3) Arrays indexados com 64-bits
4) Acesso indexado à mapas e listas
5) Declaração literal de Collections
6) Suporte multi-linguagem na JVM
7) Mudanças com foco em modularização da plataforma Java
8) G1 Garbage Collector

O temido "Broadcast Storm"

Não existe nada mais tenebroso em uma rede local que um "broadcast storm" (na tradução literal, tempestade de difusões). Quem já presenciou um pode perceber que toda a rede para de funcionar, os servidores ficam extremamente lentos e não há nenhuma pista de onde o problema está sendo originado. O que fazer para evitar este pesadelo?
Broadcasts são muito comuns na rede. São mensagens enviadas ao endereço de acesso FF-FF-FF-FF-FF-FF.  Estas mensagens são replicadas em todas as portas de todos os switches que estão dentro de uma mesma rede ou dentro de uma mesma VLAN.

O que causa?

Um Broadcast storm ocorre quando uma mensagem gera uma resposta que gera uma nova mensagem em um efeito de bola de neve.
A principal causa do Broadcast Storms são "loops" na rede. Locais onde um switch é ligado a outro por mais de um cabo. O protocolo Spanning-Tree deveria evitar este problema, mas se estiver desabilitado ou com problema, o storm pode aparecer.
Alguns vírus podem causar um "storm" também (de menores proporções). Os vírus começam a buscar novas máquinas para infectar enviando um pacote de "arp" (address resolution protocol)  para todas as máquinas dentro da faixa de endereços. Se o endereçamento de rede é classe B, isto significa 65535 broadcasts a cada tentativa. 
Algums impressoras tem drivers que fazem o mesmo na busca de um impressora. Um antigo driver da HP Laserjet 3 causava este problema quando os drivers estavam instalados nas máquinas e a impressora era removida. Todos os usuários iniciavam uma procura pela impressora fazendo broadcasts pela rede. Com uma rede de 500 nós com acesso à esta impressora, significava 500 estações fazendo broadcast ao mesmo tempo.

Como detectar?

Use um analisador de protocolo e filtre apenas os broadcasts. Se sua rede esta experimentando mais de 500 broadcasts por segundo, certamente você está enfrentando o problema. Broadcasts acima de 100 por segundo já são indesejáveis. Em um storm com loop, muitas vezes você vai ver dezenas de milhares de broadcasts por segundo (rede no chão).  

Como se previnir?

Switches camada 3 permitem a segmentação de rede em várias VLANs. Os Broadcasts não atravessam as VLANs permitindo que o problema fique contido.
A maioria dos swicthes hoje possui controle para Broadcast Storm que evita que a rede fique congestionada limitando o número de broadcasts simultâneos. No entanto, como esta solução bloqueia também broadcasts legítimos, alguns problemas intermitentes podem ocorrer.
O uso correto do protocolo Spanning-Tree pode evitar os problemas de Loops. Cuidado, pois muitos switches tem implementações com bugs deste protocolo.

Tuesday, December 11, 2012

Instale o Oracle Java (JDK) 7 no Ubuntu 12.04 e 11.10

Devido a nova licença do Java, o Oracle JDK foi removido do repositório oficial do Ubuntu.
Para instalá-lo devemos usar PPAs de terceiros o que não é uma garantia de 100%. Use por sua conta e risco!
Abra o terminal e remova o OpenJDK:
  1. sudo apt-get purge openjdk*
  1. sudo add-apt-repository ppa:webupd8team/java
  2. sudo apt-get update
  3. sudo apt-get install oracle-java7-installer


Monday, December 10, 2012

Preparando para o Dilúvio do Big Data


Chegou a internet das coisas


Os sensores estão invadindo a vida humana. Eles chegam de forma quase imperceptível e ocupam todos os espaços. Sua presença na vida humana tende a crescer de forma exponencial e, por volta de 2020, nossa dependência desses dispositivos de identificação e de comunicação será quase total. Eles serão centenas de milhões, espalhados por todos os lados, embutidos nas paredes, nas portas, nos semáforos, nos prédios, nos móveis, nos aparelhos domésticos, em roupas, sapatos e até em escovas de dentes.

Eles serão ao mesmo tempo nossos anjos da guarda e espiões. De um lado, nos darão, sim, uma sensação de maior segurança. De outro, entretanto, talvez possam violar nossa privacidade, ao colher e transmitir dados sobre tudo que existe à nossa volta, inclusive sobre nós mesmos.

É claro que os sensores terão muito mais funções relevantes e essenciais em nosso cotidiano, como  a proteção do meio ambiente, a vigilância das ruas, a supervisão dos espaços públicos e privados, a racionalização do consumo de energia e o monitoramento de pacientes em hospitais e em residências.

Nossos conhecidos

Diversos tipos de sensores já são nossos conhecidos, entre os quais, os dispositivos de identificação por radiofrequência (RFIDs, de Radiofrequency Identification Devices), usados nos pedágios de muitas estradas, como os do tipo Sem Parar. Com eles, a cancela é acionada automaticamente após a leitura dos dados de cada veículo.

Outros sensores populares são aqueles utilizados no controle de iluminação de nossa casa: eles detectam os raios infravermelhos emitidos pelo corpo humano e acendem as lâmpadas ou ligam o ar condicionado de um quarto ou sala só quando há pessoas nesses ambientes.

Com esses sensores, economiza-se energia e evita-se o desperdício em casas, prédios e locais em que comumente as lâmpadas ficam acesas centenas de horas por mês sem a menor necessidade. Esses mesmos sensores já estão sendo utilizados em sistemas de segurança, porque detectam luz, movimento e radiações.

O grande sucesso, nos últimos tempos, entretanto, é dos sistemas de chips microeletromecânicos, conhecidos pela sigla MEMS (Microelectromechanical Systems), que combinam funções eletrônicas com funções mecânicas em escala de microscópica, quase nanométrica.

Na próxima semana, pela primeira vez na história do maior evento de eletrônica de entretenimento do mundo, o Consumer Electronics Show (CES), de Las Vegas, haverá uma seção inteiramente dedicada aos MEMS e suas aplicações individuais ou em redes de sensores sem fio (Wireless Sensor Networks).

Outra seção dessa feira de Las Vegas que deve atrair a atenção dos especialistas é a das novas gerações de chips multinúcleos, para processamento gráfico, produção de imagens tridimensionais (3D), comunicações móveis e projetos assistidos por computador (CAD, de Computer-Aided Design).

Esses microprocessadores avançados prometem revolucionar os equipamentos de tecnologia pessoal, tais como smartphones, laptops, tablets e desktops. Além dos recursos avançados de computação, eles economizam energia.

Internet das coisas

O desenvolvimento dos sensores viabiliza uma das formas mais admiráveis de internet do futuro: a internet das coisas. A ideia dessa nova web nasceu no MIT Auto-ID Laboratory, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e ganhou o nome de Internet of Things (IoT), partindo de um objetivo bem simples: criar um sistema global de registro de bens, utilizando um código de produto eletrônico (Electronic Product Code), como sistema de numeração.

A boa notícia é que os dispositivos essenciais para viabilizar o conceito de internet das coisas já estão prontos e disponíveis no mundo da tecnologia microeletrônica. São, acima de tudo, os sensores dedicados, os identificadores RFIDs e as redes de sensores sem fio.

Quando cada coisa ou objeto pode ter sua identidade e seu endereço, tudo fica mais fácil e prático para que ele seja tratado virtualmente na internet. Assim, os sensores nos permitirão localizar cada objeto, saber seu conteúdo, ordená-lo, classificá-lo ou manipulá-lo.

O exemplo mais banal é o da geladeira que nos avisa de tudo que está no fim ou vai faltar. A internet das coisas já se torna particularmente útil para muitas pessoas e instituições que dispõem de grandes bibliotecas com milhares de livros ou discotecas com elevado número de CDs, DVDs ou Blu-rays. Com a nova web, localizaremos instantaneamente cada peça, obra, autor, editora ou intérprete, editora, orquestra, data de gravação ou edição, preço, história e tudo o mais.

Entre suas muitas aplicações, a internet das coisas poderá ser utilizada nos sistemas de controle automático dos semáforos e de controle de trânsito. Ou nas empresas de transporte coletivo, informando aos passageiros o horário exato em que cada ônibus ou trem vai passar pelos pontos de parada. Ou ainda equilibrar a oferta de veículos em função da demanda de cada horário.

O papel da internet das coisas poderá ser revolucionário ainda nos supermercados, nos sistemas de distribuição postal, nos almoxarifados e estoques de milhões de peças e componentes.

Com essa nova web, a ordem poderá, finalmente, triunfar sobre o caos.

Money Talks


Saturday, December 08, 2012

O APRENDIZ DE LÍNGUAS BEM-SUCEDIDO É AQUELE QUE

(1) Tem consciência de que línguas são fundamentalmente fenômenos orais;
(2) Fala unicamente a língua-alvo no ambiente de aprendizado;
(3) Possui autoconfiança e não tem receio de cometer erros, mas está sempre atento em busca das formas mais usuais;
(4) Esforça-se na arte da imitação para alcançar uma pronúncia correta;
(5) Busca significado pelo contexto em vez de traduzir;
(6) Atitude pouco questionadora quanto às irregularidades da língua: aprende mais por intuição do que por dedução;
(7) É mais protagonista do que espectador;
(8) É perseverante ao invés de ansioso por resultados;
(9) Dedica parte de seu tempo livre para atividades suplementares;
(10) Toma as rédeas de seu aprendizado, sem delegá-lo a terceiros.
Fonte: www.sk.com.br/sk-gdstu.html

Black Label Society - In This River [Official Video]


Add items to Ubuntu 12.04 Unity Launcher (quicklaunch)

The recent upgrade to Ubuntu 12.04 Precise Pangolin left me somewhat hanging when it comes to creating launchers on the desktop, and also in the Unity Launcher (also called quicklaunch in some places) for Zend Studio and PHPStorm. In Gnome prior to Unity in Ubuntu it was easy to right click the desktop and select Create Launcher to create icons on the desktop to launch applications or scripts, but in 12.04 that options is gone. So here is how I solved some of the issues.
Method 1

For Netbeans and Eclipse based editors like Zend Studio or Aptana it is not too bad. I created a *.desktop files for each one and put it in the /usr/share/applications/ folder. I believe you can also create a folder in /home/username/.local/applications/ and put it there instead, but I have not tested it. Here is how I created a zendstudio.desktop file:

[Desktop Entry]
Version=1.0
Name=Zend Studio
GenericName=Zend Studio
X-GNOME-FullName=Zend Studio PHP IDE
Comment=PHP IDE for PHP development
Type=Application
Categories=Application;Development;PHP;IDE;Programming
Exec=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/ZendStudio
TryExec=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/ZendStudio
Terminal=false
StartupNotify=true
Icon=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/icon.xpm

After creating the file above I then launched Zend Studio by going to the Zend folder in my home directory and double clicking the ZendStudio executable. Once the application is running I right clicked the icon in the Unity Launcher and select “Lock to Launcher”. Now the application stays in the Unity Launcher.

The above worked for most applications, but did NOT work for PHPStorm which launches by using a shell script named PhpStorm.sh. I tried doing the method above, and I also tried creating the desktop file and then dragging and dropping it to the Launcher, and that did not work either.

Friday, November 30, 2012

MARINALEDA, Uma Cidade Cooperativa



(Portugal, 2012, 26 min.)
Marinaleda, essa cidade existe. Depois de ocupações, prisões e muito suor, um grupo de sem terras conseguiu exigir reforma agrária numa terra que antes era de apenas 4 pessoas. Essa cidade é a mais socialista das cidades espanholas. Há mais de 30 anos o povo elege o mesmo prefeito. O resultado é que num país onde a crise e o desemprego atingiu quase todas as famílias, em Marinaleda a taxa é quase zero, assim como a criminalidade. Não há policia nas ruas e a prestação das casas é de apenas 15 euros (a média espanhola é de 1000 euros), pois todos participam da construção da própria casa. A creche custa 2 euros ao mês e não há fila de espera. Os principais atos de gestão são decididos através de Assembleias Populares, a forma mais aut~entica de democracia direta. Esta cidade é a prova que o capitalismo está ruindo e que novas formas de sociedade tem que surgir. (docverdade)

Saturday, November 24, 2012

Números e Palavras


Como adquirir fluência em inglês


1) Ter interesse por determinada palavra, ter curiosidade em aprendê-la. O interesse é fundamental.

2) Entender todas as maneiras de se usá-la. Fluência é, acima de tudo, saber usar bem o vocabulário que se aprende.

3) Observar contextos em que uma palavra é usada, uso este que deve ser da mesma forma que um nativo o faz.

4) Criar idéias com esta palavra seguindo a linha de raciocínio de um "native speaker, que é natural.

5) Ter em mente a pronúncia mais adequada.

6) Ter um contato frequente e uma visualização breve em pequenos intervalos: trabalho, escola, reuniões, filas de banco, etc. Para isto, por exemplo, uma pequena lista de termos e exemplos de uso pode ajudar bastante.

7) Ter em mente que sempre é bom por em prática tudo que está sendo internalizado(aprendido), é normal que nossa memória "descarte"informação que não está sendo usada.

Excerto de A Gaia Ciência - Nietzsche

"Causa e efeito. Dizemos que a ciência «explica», mas, na realidade, apenas «descreve». Descrevemos hoje melhor, mas explicamos tão pouco quanto todos os nossos predecessores. Descobrimos uma sucessão múltipla onde o homem ingénuo e o investigador das civilizações mais antigas se apercebia apenas de duas coisas: 'causa' e 'efeito', como se costumava dizer. E deduzimos: isto e isto tem de se dar primeiro para que depois se siga aquilo - mas, com isso, não compreendemos absolutamente nada. Em qualquer processo químico, por exemplo, as transformações continuam, tal como antes, a aparecer como um «milagre». E como haveríamos nós de conseguir explicá-las? Operamos unicamente com coisas que não existem, com linhas, com superfícies, corpos, átomos, tempos divisíveis, espaços divisíveis! Como seria possível sequer uma explicação, se traduzimos tudo primeiro numa imagem, na nossa própria imagem! Na verdade, temos à nossa frente um continuum, de que isolamos algumas partes, da mesma maneira que, num movimento, nos apercebemos apenas de pontos isolados e, portanto, não vemos, na realidade, esse movimento, mas deduzimos que existe. Um intelecto que visse a causa e o efeito como um continuum, e não, à nossa maneira, como parcelamento e fragmentação arbitrários, que visse o curso do acontecer, repudiaria o conceito de causa e efeito e negaria toda a condicionalidade." (112)

Distopia::021 - Os Problemas Estão Aqui


Tuesday, November 20, 2012

Ferramentas de monitoramento

Abaixo são apresentadas algumas ferramentas úteis para análise e monitoramento do serviço de rede, processos, entre outros.
  • iptraf: É um monitor de rede baseado na biblioteca ncurses que gera diversas estatísticas de rede incluindo informações TCP, contadores UDP, informações de ICMP e OSPF, carga de ethernet entre outros.
  • ethstatus: É outro utilitário de monitoramento baseado em console que apresenta dados estatísticos sobre a interface ethernet. Ele é similar ao iptraf, porém foi feito para atuar como uma aplicação permanente para o monitoramento de carga de rede.
  • pktstat: Apresenta em tempo real, uma lista de conexões ativas em uma interface de rede, e quanto de banda está sendo utilizada por ela.
  • iftop: o iftop é para o uso de rede, oque o top é para o uso de CPU. Ele escuta o tráfego de rede em uma determinada interface e apresenta uma tabela de uso corrente de banda por pares de hosts.
  • vnstat: Ferramenta de monitoramento baseado em console que apresenta dados de entrada/saída e permite armazenar dados históricos para análise. Também faz um “gráfico” de uso por horário. Não é necessário estar logado como root, pois captura as informações do /proc.

Monitoramento de processos

  • whowatch: É um utilitário semelhante ao comando who que apresenta informações sobre os usuários logados na máquina em tempo real. Além das informações padrão (login tty, host, processos do usuário) é apresentado o tipo da conexão (telnet/ssh) e permite exibir detalhes sobre os processos, informações do sistema, entre outros.

IRREGULAR VERBS

Base    Past     Past         Portuguese


 Form    Tense    Participle   Translation
 -------      -------      ---------------     -------------------
 
 arise        arose         arisen             surgir, erguer-se
 awake        awoke         awoken             despertar
 be           was, were     been               ser, estar
 bear         bore          borne              suportar, ser portador de
 beat         beat          beaten             bater
 become       became        become             tornar-se
 befall       befell        befallen           acontecer
 beget        begot         begotten, begot    procriar, gerar
 begin        began         begun              começar
 behold       beheld        beheld             contemplar
 bend         bent          bent               curvar
 bet          bet           bet                apostar
 bid          bid           bid                oferecer, fazer uma oferta
 bind         bound         bound              unir, encadernar, obrigar-se
 bite         bit           bitten             morder
 bleed        bled          bled               sangrar, ter hemorragia
 blow         blew          blown              assoprar, explodir
 break        broke         broken             quebrar
 breed        bred          bred               procriar, reproduzir
 bring        brought       brought            trazer
 broadcast    broadcast     broadcast          irradiar, transmitir
 build        built         built              construir
 buy          bought        bought             comprar
 cast         cast          cast               atirar, deitar
 catch        caught        caught             pegar, capturar
 choose       chose         chosen             escolher
 cling        clung         clung              aderir, segurar-se
 come         came          come               vir
 cost         cost          cost               custar
 creep        crept         crept              rastejar
 cut          cut           cut                cortar
 deal         dealt         dealt              negociar, tratar
 dig          dug           dug                cavocar
 do           did           done               fazer **
 draw         drew          drawn              tracionar, desenhar **
 drink        drank         drunk              beber
 drive        drove         driven             dirigir, ir de carro
 eat          ate           eaten              comer
 fall         fell          fallen             cair
 feed         fed           fed                alimentar
 feel         felt          felt               sentir, sentir-se
 fight        fought        fought             lutar
 find         found         found              achar, encontrar
 flee         fled          fled               fugir, escapar
 fling        flung         flung              arremessar
 fly          flew          flown              voar, pilotar
 forbid       forbade       forbidden          proibir
 forget       forgot        forgot, forgotten  esquecer
 forgive      forgave       forgiven           perdoar
 freeze       froze         frozen             congelar, paralisar
 get          got           gotten, got        obter **
 give         gave          given              dar
 go           went          gone               ir
 grind        ground        ground             moer
 grow         grew          grown              crescer, cultivar
 have         had           had                ter, beber, comer
 hear         heard         heard              ouvir
 hide         hid           hidden, hid        esconder
 hit          hit           hit                bater
 hold         held          held               segurar
 hurt         hurt          hurt               machucar
 keep         kept          kept               guardar, manter
 know         knew          known              saber, conhecer
 lay          laid          laid               colocar em posição horizontal, assentar
 lead         led           led                liderar
 leave        left          left               deixar, partir
 lend         lent          lent               dar emprestado
 let          let           let                deixar, alugar
 lie          lay           lain               deitar
 lose         lost          lost               perder, extraviar
 make         made          made               fazer, fabricar **
 mean         meant         meant              significar, querer dizer
 meet         met           met                encontrar, conhecer
 overcome     overcame      overcome           superar
 overtake     overtook      overtaken          alcançar, surpreender
 pay          paid          paid               pagar
 put          put           put                colocar
 quit         quit          quit               abandonar
 read         read          read               ler
 ride         rode          ridden             andar
 ring         rang          rung               tocar (campainha, etc.)
 rise         rose          risen              subir, erguer-se
 run          ran           run                correr, concorrer, dirigir
 saw          sawed         sawn               serrar
 say          said          said               dizer
 see          saw           seen               ver
 seek         sought        sought             procurar obter, objetivar
 sell         sold          sold               vender
 send         sent          sent               mandar
 set          set           set                pôr em determinada condição, marcar, ajustar **
 shake        shook         shaken             sacudir, tremer
 shed         shed          shed               soltar, deixar cair **
 shine        shone         shone              brilhar, reluzir
 shoot        shot          shot               atirar, alvejar
 show         showed        shown              mostrar, exibir
 shrink       shrank        shrunk             encolher, contrair
 shut         shut          shut               fechar, cerrar
 sing         sang          sung               cantar
 sink         sank          sunk               afundar, submergir
 sit          sat           sat                sentar
 slay         slew          slain              matar, assassinar
 sleep        slept         slept              dormir
 slide        slid          slid               deslizar, escorregar
 sling        slung         slung              atirar, arremessar
 speak        spoke         spoken             falar
 spend        spent         spent              gastar
 spin         spun          spun               fiar, rodopiar
 spit         spit, spat    spit, spat         cuspir
 spread       spread        spread             espalhar
 spring       sprang        sprung             fazer saltar
 stand        stood         stood              parar de pé, agüentar
 steal        stole         stolen             roubar
 stick        stuck         stuck              cravar, fincar, enfiar
 sting        stung         stung              picar (inseto)
 stink        stank         stunk              cheirar mal
 strike       struck        struck             golpear, desferir, atacar
 string       strung        strung             encordoar, amarrar
 strive       strove        striven            esforçar-se, lutar
 swear        swore         sworn              jurar, prometer, assegurar
 sweep        swept         swept              varrer
 swim         swam          swum               nadar
 swing        swung         swung              balançar, alternar
 take         took          taken              tomar **
 teach        taught        taught             ensinar, dar aula
 tear         tore          torn               rasgar, despedaçar
 tell         told          told               contar
 think        thought       thought            pensar
 throw        threw         thrown             atirar, arremessar
 tread        trod          trodden            pisar, trilhar
 undergo      underwent     undergone          submeter-se a, suportar
 understand   understood    understood         entender
 uphold       upheld        upheld             sustentar, apoiar, defender
 wear         wore          worn               vestir, usar, gastar
 win          won           won                vencer, ganhar
 wind         wound         wound              enrolar, rodar, dar corda
 write        wrote         written            escrever, redigir

Sunday, November 18, 2012

Conflitos no Oriente Médio

O Oriente Médio consiste hoje no pólo de maior tensão mundial. Essa condição surge desde a Antigüidade, quando vários povos tentaram, e muitos conseguiram, invadir e dominar essa região, pois assim teriam o controle das rotas comerciais entre Ocidente e Oriente. Essas várias e constantes invasões acabaram por gerar uma multiplicidade de raças e culturas na região. Outro fato que colaborou para colocar o Oriente Médio como centro de atenções foi o fato de que lá são encontradas as maiores reservas de petróleo do planeta. Como esse produto é hoje a base do desenvolvimento capitalista (principal produto), quem tiver o domínio dessa região poderá ser chamado de Mister Petróleo.


Candidatos para essa posição não faltaram. Também devemos adicionar a esse processo o fato de a região ser predominantemente árida e, portanto, os pontos com uma maior umidade são disputados com muita vontade pelos pretendentes.


O subdesenvolvimento e todas as suas conseqüências também fazem parte desse local. Com toda essa gama de fatores, o resultado não poderia ser outro, gerando um "barril de pólvora" prestes a explodir a qualquer momento. A nível didático, vamos dividir todos esses conflitos em três grupos:

1. A Questão Árabe-Israelense

Perseguidos por formar uma Nação sem Estado, o povo judeu promove o retorno à Pátria, procurando retornar ao local de sua origem: a Palestina. Esse processo foi lento e gradual, mas sempre encontrou a reação dos árabes que passaram a ocupar essa região com a diáspora dos judeus. Para evitar conflitos mais violentos, tropas inglesas faziam a vigilância da Palestina. Com a Segunda Grande Guerra, o movimento sionista é acelerado pela perseguição nazista e, por outro lado, a Inglaterra não tem condições de continuar a fazer a vigilância da região.


Com o final da guerra, a ONU resolve fazer a partilha da Palestina, tentando separar árabes e judeus e assim evitar maiores conflitos. Os árabes ficaram com uma área de 11 500 km2, divididos em duas faixas: Gaza e Cisjordânia. Os judeus ficaram com 14 000 km2. Israel passou a ter o status de internacional.

A - Guerra da Independência (48\49)

A Liga Árabe recusa-se a aceitar essa partilha feita pela ONU. Inicia um processo de agressão aos judeus, que negociam na ONU a formação de um Estado como única saída para pôr fim a essas agressões. Israel (primeiro e único Estado judeu) é reconhecido e, no dia seguinte, forças combinadas do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano invadem o recém-criado país. Como já sabia dessa possibilidade de reação por parte dos árabes, Israel se preparou para a defesa e não só expulsou os invasores como também invadiu-os, tomando para si a região das colinas de Golã (Síria) e a península do Sinai (Egito).

B - Guerra de Suez (56)

No Egito, Gamal Abdel Nasser chega ao poder com sua política do Pan-Arabismo (união árabe contra os inimigos comuns). Era inaugurado o período de cooperação entre Cairo e Moscou, o que coloca em questão a dominação dos países dessa região pelas antigas Nações européias. Nasser nacionaliza a Cia. Universal do Canal de Suez e passa a controlar todo o tráfego do canal, proibindo os navios considerados inimigos de passarem por lá.


Israel lança um ataque à cidade de Port Said, na entrada do canal, com suas tropas sendo comandadas pelo general Moshe Dayan. Ao mesmo tempo, forças inglesas e francesas bombardeiam Alexandria e Cairo, as duas maiores cidades do Egito. Moscou reage ao ataque com um discurso contrário à agressão e a ONU ordena o fim dos ataques e manda para a região suas tropas de paz. Apesar da derrota militar, Nasser sai fortalecido, pois passa a ser visto pelos árabes como a única real ameaça aos judeus.

C - Guerra dos 6 dias (67)


Acreditando na possibilidade de derrotar os judeus, Nasser rearma seu exército com equipamentos soviéticos e se prepara para atacar Israel. Antes disso, Nasser faz um acordo com a Síria (RAU - Repúblicas Árabes Unidas) e pressiona a ONU para retirar suas tropas de paz do canal de Suez. O Egito retoma o controle do canal, invadindo mais uma vez a região. No dia 5 de julho, Israel faz um ataque relâmpago e abate as tropas egípcias, que nem tiveram tempo para reagir. Diante da luta, a Síria ataca o norte de Israel e a Jordânia abre fogo contra Jerusalém. Em apenas seis dias o exército judeu controla a situação, mostrando sua superioridade. Os árabes, agora militarmente humilhados, teriam que encontrar outras táticas para reconquistarem suas terras.

D - Guerra do Yom Kippur (73)

Com a morte de Nasser, em 1970, sobe ao poder egípcio Anuar Sadat, que tinha uma outra visão para solucionar o impasse com os israelenses. Buscando uma solução regional, Sadat afasta-se da URSS e aproxima-se de Washington. Mesmo assim o Sinai não é devolvido e Sadat mais uma vez ataca Israel. No dia 6 de outubro, feriado sagrado para os judeus, as tropas egípcias e sírias atacam novamente, e mais uma vez são derrotados pelo exército de Israel, que decide invadir de vez estes dois inimigos, acabando definitivamente com seus soldados.


Diante do quadro, os presidentes americano (Nixon) e soviético (Brejnev) se reúnem para propor em conjunto um acordo para o Oriente Médio. Os Acordos de Camp David são assinados em 79 por Sadat (Egito) e Begin (Israel). O Egito recebe de volta suas terras no Sinai, mas passa a ser visto pelo mundo árabe como um traidor da causa, uma vez que se reuniu com os judeus e não irá mais atacá-los. Isso levará Sadat ao assassinato por parte de seu próprio exército durante uma parada militar. Por outro lado, as faixas palestinas árabes permaneciam sob domínio militar de Israel.

2. A Luta pela Hegemonia Política

O mundo árabe sempre foi muito disputado por pessoas que pretendiam usar a unidade árabe (levante) para se destacar no cenário mundial. O título de Mister Petróleo, que os tornaria o homem mais importante do mundo, sempre levantou a cobiça de alguns. Por outro lado, apoiado na expansão do Islamismo e na unidade lingüística, o Pan-Arabismo surgiu desde a Idade Média.


Com a morte de Nasser e sua substituição por Sadat, que tinha uma política menos agressiva e mais próxima do Ocidente, o que desagradava o mundo árabe, o Iraque e a Síria passam a disputar essa liderança. Já o Irã, que não é um país árabe (é persa), propõe uma unidade muçulmana baseada nos fundamentos do Islã. É nesse cenário que se irá disputar a luta pela hegemonia política no Oriente Médio.

A - A "Grande Síria" e o Líbano

Em 1971, Hafez Assad assume o poder na Síria e leva consigo a idéia da "Grande Síria", que implicava na expansão territorial sobre o Líbano (considerado um Estado artificial criado pela colonização francesa). O Líbano é um país dividido entre dois grupos: os cristãos e os muçulmanos. A capital Beirute é dividida em duas partes. Foi feito um acordo, em 1943, que equalizava as forças da época: a Câmara seria formada por 53 cristãos e 46 muçulmanos, a liderança era de um muçulmano xiita e o primeiro-ministro um muçulmano sunita. O presidente seria um cristão maronita. Como a população muçulmana cresceu mais que a cristã, o governo recusava-se a fazer um novo censo com medo de perder a maioria. Isso acaba numa guerra civil entre os dois grupos (1976). Aproveitando-se disso, a Síria invade o Líbano com a desculpa de ajudar os árabes. Israel também aproveita para invadir o Líbano e procura guerrilheiros terroristas que faziam suas bases em território libanês. O resultado foi um país dividido até hoje.

B - Guerra Irã-Iraque

Ocorre entre 1980 e 88, violenta e prolongada, foi o resultado da chegada ao poder, em 79, de Saddam Hussein com o objetivo de liderar o mundo árabe. No mesmo ano, uma Revolução Fundamentalista instaura uma ditadura do clero islâmico com o Aiatolá Khomeini. A inquietação dos vizinhos, somada aos interesses externos de países como União Soviética, China e EUA, iniciou uma guerra que iria durar 8 anos, sem, no entanto, podermos detectar um vencedor (a desculpa para justificar a guerra foi a questão da navegação no Chat-el-arab). A morte do Aiatolá Khomeini em 89 e a mudança dos alvos na expansão de Saddam puseram fim a essa guerra.

C - Guerra do Golfo (1990)

Enquanto Irã e Iraque se indispunham numa guerra sem vencedores, os EUA aproximaram-se do Kwait e da Arábia Saudita, exercendo na prática o poder que estava em disputa. Saddam Hussein passa então a direcionar seu poder de fogo para estes dois aliados americanos no Oriente Médio. Em agosto de 1990 o Iraque invade e anexa o Kwait ao seu território. Preparava-se para atacar a Arábia Saudita quando os EUA questionaram essa invasão promovida por Saddam e a ONU foi radicalmente contra, pedindo a imediata retirada das tropas iraquianas do Kwait.


Como não atendeu à ONU, os EUA lideram uma força para repreender Saddam. Nesta guerra foi testado que de mais moderno existe em equipamento militar, não havendo a menor chance para Saddam. Neste conflito morreram cerca de 100 mil pessoas, a grande maioria civis iraquianos de Bagdá. Saddam foi obrigado a aceitar o cessar-fogo incondicional para não ser massacrado. Com isso o Kwait foi libertado e traçou-se uma linha de defesa ao redor deste país onde Saddam não pode mais circular com suas tropas em hipótese nenhuma.

3. A Questão Palestina


Para evitar o confronto entre árabes e judeus na Palestina, a Liga das Nações deu à Inglaterra o encargo de patrulhar com suas tropas esse território, tarefa que foi cumprida até o término da II Guerra, quando, arrasada pelos ataques de Hitler, a Inglaterra não possuía condições de continuar essa tarefa. Essa impossibilidade inglesa coincidiu com o retorno maciço dos judeus para a Palestina, causado principalmente pelo "holocausto". Diante desse quadro, a ONU promove a partilha da Palestina. A criação do Estado judeu de Israel gerou vários conflitos, como já vimos, mas sempre derrotados pelo superior poder de fogo israelense, os árabes palestinos partem para a criação de um Estado próprio. Essa proposta é negada pela ONU, que teme novas guerras caso ela aconteça. Diante dessa negativa, é criada na Conferência de Cúpula Árabe de Alexandria, em 1964, a OLP (Organização para Libertação da Palestina), que une grupos de várias tendências ideológicas, mas que têm em comum a intenção de criar a Palestina. Num primeiro momento, os grupos mais radicais contam com grande simpatia da população e passam a fazer uso do terrorismo para intimidar Israel e seus aliados.


Como a resposta israelense era sempre muito dura, esses grupos (como a Al Fatah) foram perdendo apoio e foram substituídos por correntes moderadas dentro da OLP. Começa a conversação entre árabes e judeus no sentido de se buscar a paz para a região. Muito difícil, houve a grande participação dos EUA nesse processo de negociação que começava a dar seus primeiros frutos quando Saddam Hussein, durante a Guerra do Golfo (1990), ataca Israel com seus mísseis Scud, tentando colocar esse país na guerrra para usar do antisemitismo árabe e tenta unir a Liga Árabe ao seu redor, reaquece as lideranças extremistas da OLP, que voltam a praticar o terrorismo como forma de pressionar Israel. Mas o medo de Saddam atingir seus objetivos acabou por isolá-lo. O resultado é a busca de uma paz negociada para a região, o que começa a acontecer em 1992, com uma Conferência de Paz em Madrid. Os grandes rivais dessa paz negociada são os grupos extremistas que, dos dois lados, colocam essa negociação como uma traição às suas causas e assim buscam uma radicalização que traz a guerra e afasta a paz. No final de 93, Rabin vence as eleições em Israel e promove uma nova negociação pela paz com Arafat. Um acordo assinado em 13/10/93 (Gaza-Jericó) reconhece o inimigo como legítimo e retira a ocupação israelense em Gaza. A radicalização por parte dos árabes e o assassinato de Rabin, por extremistas judeus, reacende o fogo da rivalidade e a Palestina retorna hoje a mais um momento de instabilidade.