Sunday, March 25, 2012

ITIL V3 - A Transição de Serviços e o Gerenciamento de Mudanças

O livro 3 da terceira versão da Biblioteca ITIL aborda a Transição de Serviços e todos os seus processos e atividades correlatas. O correto gerenciamento da transição de serviços agrega bastante valor ao negócio. Alguns exemplos:
  • Reduz os riscos e impactos “não previstos’;
  • Reduz a diferença: “estimado” versus “executado”;
  • Adequa os serviços aos seus propósitos e utilização.
Além destes exemplos algumas práticas abordadas nesta disciplina também contribuem para este objetivo. Dentre elas:
  • Planejamento e suporte proativos à transição de serviços;
  • Integração do planejamento para as diversas transições de serviços;
  • Padronização das atividades de transição;
  • Garante a integridade das configurações envolvidas nos processos de transição;
  • Possibilita a tomada de decisões efetivas;
  • Garante que os novos/modificados serviços:
    • Sejam testados,
    • Sejam disponíveis, gerenciáveis e de menor custo.
Apesar de todos os benefícios obtidos de sua aplicação, um componente importantíssimo deve ser tratado de forma bastante cuidadosa dentro da Transição de Serviços: o fator humano. Para gerenciar qualquer mudança e seus efeitos sobre um indivíduo, a compreensão do “ABC do Comportamento Humano” é bastante útil. Este termo é uma abreviação (dos termos em inglês) dos três maiores componentes do comportamento humano:
  • Attitude (Atitude)
  • Behavior (Comportamento)
  • Consequences (Consequências)
Qualquer pessoa que acompanhe o desenvolvimento de uma criança sabe como é difícil mudar qualquer atitude inerente ao ser humano. Nenhuma atitude ou comportamento pode ser diretamente afetado por outros indivíduos, a não ser nós mesmos. Entretanto, nos negócios, as conseqüências de comportamentos individuais podem ser diretamente trabalhadas por seus respectivos gerentes.
Quando se altera a conseqüência de algo para um indivíduo, suas atitudes também mudam. Quando se alteram atitudes, comportamentos também mudam. Quando comportamentos mudam, isto afeta diretamente algumas conseqüências. Este é o ciclo do comportamento humano que, quando compreendido pelos gestores, se torna uma ferramenta útil no ajuste de indivíduos à mudanças.
Características de personalidade facilmente identificáveis surgem durante a implementação de mudanças em sistemas computacionais. Deve-se observar que estas características de personalidade são transitórias. É responsabilidade dos gestores auxiliar seus funcionários na tentativa de superação destas reações negativas às mudanças.
Nos estágios iniciais de um processo de mudança, os indivíduos geralmente demonstram um certo desinteresse ao novo cenário proposto. Este desinteresse é demonstrado através de um sentimento de resistência à mudança e pode ser interno ou externo por natureza. Exemplos de resistências mais comuns:
  • Isto não se aplica ao meu trabalho;
  • Isto é muito complicado;
  • Isto é muito caro;
  • Isto não é produtivo;
  • Nós nunca fizemos desta maneira antes;
  • Estou muito ocupado trabalhando para pensar em como fazer meu trabalho melhor;
  • Estou muito velho para aprender novas coisas;
  • Nós tentamos isto anteriormente e não deu certo;
  • Isto não é aplicado ao nosso ramo de negócios;
  • Isto se aplica ao trabalho dos outros, não ao meu.
O período de tempo exigido para um comportamento individual retornar ao seu normal é referido como “Ciclo de mudança”. Existem quatro fases em um ciclo de mudança:
  • Otimismo mal informado;
  • Pessimismo informado;
  • Fugas internas ou externas;
  • Otimismo informado.
Otimismo mal informado
Um breve período de euforia ocorre quando os indivíduos tomam contato pela primeira vez com um processo de mudança em progresso. Esta euforia pode resultar em um incremento de produtividade.
Pessimismo bem informado
À medida que os indivíduos conhecem mais sobre a mudança, ocorrem resistências. Esta resistência é diretamente proporcional aos seus conhecimentos sobre como esta mudança impactará suas atividades.
Resistências internas ou externas
Indivíduos que expressam externamente suas resitências são normalmente líderes informais.  Eles são dispostos a assumir abertamente uma posição verbal e formal, buscar seguidores e liderar outros em suas revoltas contra as mudanças.
Indivíduos que não expressam suas resistências são mais suscetíveis ao poder do líder informal. Dois dois comportamentos, este é o mais difícil de ser identificado. Eles não expressam seus descontentamentos. Para se prevenir de uma revolta dos líderes informais, os gestores devem tomar ações corretivas para desencorajar este tipo de comportamento.
Otimismo bem informado
Indivíduos que alcançam esta fase encontram-se no lado do declive na curva de resistência. Eles estão conscientes  dos impactos inerentes à mudança, mas são capazes de enfrentar o processo de mudança devido ao seus conhecimentos a cerca do mesmo.
Encontrei uma figura que expressa bem a relação entre o ciclo emocional da mudança e a performance do processo de mudança em referência.

Ciclo emocional da mudança


Fonte: http://www.virtue.com.br/blog/?p=31

Tuesday, March 20, 2012

MaiorNumeroPrimoTestCase

public class MaiorNumeroPrimoTestCase {

public static void main(String[] args) {
int i = 1;
while (i < 100) {
int k = 0;
for (int j = 1; j <= i; j++) {
if ((i % j) == 0) {
k++;
}
}
if (k == 2) {
System.out.println(i);
}
i++;
}
}
}

Wednesday, March 14, 2012

Tempos Modernos


DODIG-CRNKOVIC , Gordana - Scientific Methods in Computer Science , Department of Computer Science Mälardalen University , Västerås, Sweden, gordana.dodig-crnkovic@mdh.se

RESENHA

Classificação sempre foi uma das abordagens utilizadas pela ciência. Classificar animais, plantas, planetas, células e tudo o mais que podemos observar seria mais obvia de organizar todo o conjunto conhecimento que produzimos sobre o mundo que investigamos. Classificar o conhecimento produzido pelo estudo da computação não foge a essa regra. Em um artigo fascinante Gordana faz uma reflexão sobre o que é ciência, o que é ciência da computação abordando como o método cientifico é aplicado a investigação. O autor (a) conclui com o trabalho o seguinte (em uma tradução literal):

“Apesar de todas as características que diferem o campo jovem de Ciência da Computação de vários milhares anos antigas ciências como matemática, lógica, e as ciências naturais, podemos tirar uma conclusão que Ciência da Computação contém uma massa crítica de recursos científicos para se qualificar como uma ciência.”

Mesmo concluindo que Ciência da Computação é uma ciência, o termo “ciência da computação”  é carregado de um certa tendenciosidade, associando o conhecimento a ferramentas produzidas pelo mesmo. Como cita o próprio autor (novamente em uma tradução literal):

“A diferença importante é que o computador (o objeto físico que está diretamente relacionado com o
teoria) não é um foco de investigação (nem mesmo no sentido de ser a causa de certo algoritmo
proceder de certo modo), mas é bastante teoria materializada, uma ferramenta sempre capaz de mudança, a fim de acomodar ainda mais poderosos conceitos teóricos.”

Por fim, podemos resumir a idéia central do artigo ao citar o a frase do cientista da computação holandês, Edsger Wybe Dijkstra:

"Ciência da computação tem tanto a ver com o computador como a Astronomia com o telescópio, a Biologia com o microscópio, ou a Química com os tubos de ensaio. A Ciência não estuda ferramentas, mas o que fazemos e o que descobrimos com elas."

SHIKIDA, Cláudio Djissey Honestidade Acadêmica e Plágio, 27.06.2005

RESENHA
 
Em um artigo simples e direto, Cláudio Djissey aborda um assunto relacionado a um comportamento extremamente valorizado em várias culturas, mas que infelizmente aqui no Brasil, percebemos que a valorização teórica não condiz em geral com a prática. Vamos abordar alguns pontos citados pelo autor

1.  O estudante não deve apresentar um trabalho que não seja uma criação original sua;
2.  O estudante não deve buscar meios fraudulentos de ser aprovado nas disciplinas do curso;
3.  O estudante deve recusar participar de arranjos ilegais e fraudulentos de outros estudantes que resultem em fraude acadêmica;
4.  O estudante não deve jamais, de forma alguma, violar o código de integridade acadêmica da faculdade.

São exemplos de conduta que desrespeitam estas normas :

            i. O uso ou a tentativa de uso de materiais não autorizados, informações ou ajudas de outros indivíduos não autorizados em avaliações acadêmicas.
            ii. Fabricação de dados.
            iii. Plágio.

O pontos 1, 2, 3,4 (i) (ii) podem ser reduzidos à uma palavra: caráter. Vamos nos ater ao ponto 4 (iii) Plágio, que o autor aborda juntamente com algumas dicas para evitá-lo, intencionalmente ou acidentalmente: cópia integral do texto, mistura de textos, transformar trechos do texto em rodapé, transformar tabelas de um texto em gráfico e paráfrase. Como o próprio autor cita, esses sintomas podem ser identificados com uma técnica de checagem aleatória em mecanismos de buscas. Mas somente identificar os sintomas e punir o infrator não é o suficiente. Temos que analisar a causa. Uma primeira hipótese seria analisar se os sintomas são oriundos de fatores internos (como caráter) ou fatores externos (cultura, qualidade do ensino e pressões por respostas rápidas). Vamos analisar o fator interno: caráter. O que é caráter? Segundo o dicionário [http://www.dicio.com.br/carater/] Caráter é um conjunto de qualidades (boas ou más) que distinguem (uma pessoa, um povo). Mas esse conjunto de qualidades é algo como um software embarcado contido em nosso hardware (cérebro)? Ou nos foi programado através do tempo? Não sei. Tenho mais perguntas do que respostas. Deixo o seguinte pensamento plagiando o engenheiro social Jacque Fresco: “Quanto de você é você mesmo?”.


Tuesday, March 13, 2012

Resumo, Resenha, Monografia e Trabalhos Científicos

RESUMO Sinópse, síntese, condensação de um assunto, apanhado, compêndio.
Exposição sintetizada de um acontecimento ou de uma série de acontecimentos; das características básicas de alguma coisa com a finalidade de transmitir uma idéia geral sobre seu sentido.
Deve conter as referências bibliográficas.
RESENHA Análise crítica e informativa de um texto, livro, filme, peça ou qualquer outro trabalho.
É composta das seguintes partes:
  • Resumo;
  • Qual sua opinião e sentimentos: o que achou da leitura, se foi agradável, fácil, difícil;
  • Aplicação: aplica-se ou não na sua área de conhecimento e interesse?;
  • Crítica: pode ser feita ao longo do seu resumo ou no final;
  • Referências bibliográficas.
MONOGRAFIA "Item não seriado, isto é, item completo, constituido de uma só parte ou que se pretende completar em um número pré estabelicido de partes separadas" (ABNT - NBR 6023)
Em sentido amplo, monografia designa qualquer trabalho ou estudo que aborde um determinado tema.
TRABALHOS ACADÊMICOS ou CIENTÍFICOS de CONCLUSÃO de CURSO Projeto de Graduação ESAMC - PGE; Trabalhos de conclusão de curso - TCC; Trabalhos de Graduação Interdisciplinar - TGI.
Trabalho que representa o resultado de estudo, cuja finalidade é a conclusão deste curso. Deve expressar conhecimento do tema escolhido e, obrigatoriamente, corresponder à disciplina, módulo, curso, programa, graduação ou extensão cursado.
Deve ser feito sob a coordenação de um Professor Orientador, podendo ter também professores Co-Orientadores. (ABNT - NBR 14724)

Saturday, March 10, 2012

Lawrence P. Leach, «Critical Chain Project Management, Second Edition


The Artech House bestseller, Critical Chain Project Management, now builds on its success in a second edition packed with fresh, field-tested insights on how to plan, lead, and complete projects in "half the time, all the time." It provides you with expanded coverage on critical chain planning, multiple project selection and management, critical change project networks, OPM3, new Agile and Lean techniques related to critical chain project management (CCPM), and effective strategies for bringing about the organizational change required to succeed with this breakthrough method. This cutting-edge work gives you full understanding of the CCPM techniques, tools, and theory you need to develop critical chain solutions and apply them to all types of projects. You get clear instructions on how to build single-project critical chain plans and how to stagger projects in a multiple-project environment. You also learn buffer management techniques for avoiding the pitfalls of committing too much or too little to any specific project, and for meeting project time and cost commitments every time. Moreover, the book integrates key features of PMBOK (Project Management Body of Knowledge) with critical chain to help you master key project management skills not covered in other critical chain books, such as scope control and risk management. This easy-to-follow guide offers you the power to shorten project delivery time, eliminate cost and scheduling over-runs, manage project resources more efficiently, reduce stress on your project team, and finish projects that meet or exceed expectations. Over 100 illustrations help clarify this innovative method that has produced well-documented results in a growing variety of project environments.

Sunday, March 04, 2012

O que o cliente quer?


"Se eu tivesse perguntado a meus clientes o que eles queriam, eles simplesmente teriam dito: um cavalo mais rápido." - Henry Ford 

Então não devemos ouvir o cliente? Claro que devemos! Mas nosso principal objetivo ao ouvi-lo é entender qual é o problema que ele deseja resolver.
  • Desenvolvedor: O que você quer?
  • Cliente: Um cavalo mais rápido.
Esta é a melhor solução que o cliente consegue imaginar.
Mas o que nós realmente precisamos saber é o problema do cliente:
  • Desenvolvedor: Para que você quer um cavalo mais rápido? 
  • Cliente: Para me deslocar de maneira mais rápida.

Desenvolvimento Iterativo X Incremental

Tanto o Processo Unificado quanto as Metodologias Ágeis dizem que o desenvolvimento deve ser Iterativo e Incremental. Mas o que cada uma destas palavras significa? 

No artigo Don’t know what I want, but I know how to get it, Jeff Patton usa algumas metáforas para clarear estes conceitos:

Desenvolvimento Iterativo
  • versões cada vez mais refinadas
  • parte de uma idéia vaga
Desenvolvimento Incremental
  • um pedaço de cada vez
  • parte de uma idéia totalmente formada