Não é um fato amplamente conhecido fora do círculo dos fãs, mas Bruce Lee também era graduado em Filosofia, pela Universidade de Washington. E a visão adquirida desta forma transpira para seus métodos e mesmo para seus livros de artes marciais. Quem leu o livro “Getting things done” (GTD) e conhece a citação de “mind like water”, sobre buscar ter a mente maleável e adaptável como a água, que simplesmente absorve o que é jogado dentro dela, se agita apenas durante o processo, e logo retorna ao seu estado original, talvez se surpreenda ao saber que Bruce Lee também defendia o mesmo princípio (para quem gosta: “Be formless… shapeless, like water. If you put water into a cup, it becomes the cup. You put water into a bottle; it becomes the bottle. You put it into a teapot; it becomes the teapot. Water can flow, and it can crash. Be water, my friend…”). Aliás, David Allen, o autor do GTD, também era praticante de artes marciais.
- O que você está pensando – hoje? Nossos pensamentos, planos e intenções do dia-a-dia devem refletir nossas metas e objetivos de vida, ou de longo prazo. A tendência é que aquilo que nós pensamos ou pretendemos a cada dia sirva de guia ou de limitação para o que podemos alcançar e produzir, e é muito fácil perder a coerência entre o curto e longo prazos. Leia também: Planejamento estratégico: como aplicar à sua vida
- Simplifique. A tendência de quem está procurando melhorar a vida é buscar acrescentar coisas. E pode ser bom, mas muitas vezes não temos o tempo ou a energia para realizar (ou aproveitar) o que buscamos acrescentar. Bruce Lee descreveu a sua visão sobre isso assim: “Não é o acréscimo diário, mas o decréscimo diário. Corte fora o que não for essencial”. Definir o que é essencial depende de cada um, mas o número de pessoas que eu conheço que estão estressadas por tentar fazer muitas coisas ao mesmo tempo só aumenta.
- Aprenda sobre você mesmo observando as suas interações. Ou, como disse Bruce Lee, conhecer a si é estudar a si mesmo em ação com outras pessoas. Como as pessoas interagem com você, ou como reagem à sua presença ou às suas ações, pode ensinar muito a você. Todo mundo já ouviu isso, mas sempre vale lembrar que o que vemos, percebemos e entendemos sobre as outras pessoas pode muitas vezes ser um reflexo do que nós mesmos somos.
- Veja o todo, e não apenas o seu lado. Não divida. Na hora de analisar algo, deixe de lado o posicionamento, a busca de saber quem está certo e quem está errado. Exceto nos momentos em que desejar ser conduzido pelas suas emoções, se você quer compreender algo, não seja a favor ou contra, observe a partir de uma perspectiva externa – conduza seu pensamento e suas emoções.
- Não dependa de validação dos outros. Como disse Lee, “não estou neste mundo para satisfazer as suas expectativas, e você não está aqui para satisfazer as minhas.” E mais: “se exibir é a idéia que um tolo faz sobre a glória”. Depender de validação dos outros é uma busca sem fim, e acaba permitindo que os outros (mesmo sem saber) tenham o controle de como você se sente.
- Seja proativo. Uma coisa é compreender as circunstâncias, e outra é criar oportunidades. É mais difícil não se limitar a seguir o que o resto do rebanho já está fazendo. Mas é mais recompensador, e mais efetivo, liderar e criar a oportunidade de se alcançar os objetivos, apesar das circunstâncias.
- Seja você. Não adianta encontrar modelos e personalidades bem-sucedidas e tentar repetir seus passos. Você precisa ser você mesmo, expressar quem você é, e ter fé – no estilo “eu sou mais eu”. Seja genuíno e autêntico, e defenda quem você realmente é, e não um personagem.
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