"Por que a mente envelhece? Ela é velha - não é – no sentido de ficar decrépita, deteriorada, se repetindo, presa em hábitos – hábitos sexuais, hábitos de trabalho, ou vários hábitos de ambição. A mente está tão sobrecarregada com inumeráveis experiências e memórias, tão desfigurada e marcada com o sofrimento que não pode ver nada com frescor mas está sempre traduzindo o que vê em termos de suas próprias memórias, conclusões, fórmulas, sempre citando; ela é ligada à autoridade; é uma mente velha. Você pode ver por que isto acontece. Toda nossa educação é, meramente, o cultivo da memória; e existe essa comunicação de massas pelos jornais, rádio, televisão; há os professores que leem conferências e repetem a mesma coisa vezes e vezes até seu cérebro absorver o que eles repetiram, e você vomita isto num exame e tem seu diploma e continua com o processo – o emprego, a rotina, a incessante repetição. Não só essa, mas há também nosso próprio empenho da ambição com suas frustrações, a competição não só por emprego, mas por Deus, querendo estar junto a ele, pedindo o caminho rápido até ele. Assim, o que está acontecendo é que através de pressão, estresse, pelo esforço, nossas mentes estão abarrotadas, submersas na influência, por sofrimento, consciente ou inconscientemente. Nós estamos desgastando a mente, não a usando." -
Krishnamurti, J. Krishnamurti, The Book of Life
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