Monday, December 31, 2012
Friday, December 28, 2012
Thursday, December 27, 2012
A Riqueza das Nações
"Todo homem é rico ou pobre, de acordo com o grau em que consegue desfrutar das coisas necessárias, das coisas convenientes e dos prazeres da vida. Todavia, uma vez implantada plenamente a divisão do trabalho, são muito poucas as necessidades que o homem consegue atender com o produto de seu próprio trabalho. A maior parte delas deverá ser atendida com o produto do trabalho de outros, e o homem será então rico ou pobre, conforme a quantidade de serviço alheio que está em condições de encomendar ou comprar. Portanto, o valor de qualquer mercadoria, para a pessoa que a possui, mas não tenciona usá-la ou consumi-la ela própria, senão trocá-la por outros bens, é igual à quantidade de trabalho que essa mercadoria lhe dá condições de comprar ou comandar. Consequentemente, o trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias."
Adam Smith
Adam Smith
Wednesday, December 26, 2012
Síntese de A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas Kuhn
Silvio Seno Chibeni
Departamento de Filosofia, Unicamp
Apresenta-se aqui uma síntese
de alguns dos tópicos importantes do
livro de Thomas Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions, cuja
primeira edição apareceu em 1962. Essa síntese não visa, evidentemente, a
substituir a leitura do próprio livro, tendo caráter meramente didático e
introdutório.
Kuhn começou sua carreira acadêmica como
físico teórico, interessando-se depois por história da ciência. Ao longo das
importantes investigações que empreendeu acerca das teorias científicas
passadas, realizadas segundo uma nova perspectiva
historiográfica, que procura compreender uma teoria a partir do contexto
de sua época, e não do ponto de vista da ciência de hoje, Kuhn se deu conta de
que a concepção de ciência tradicional não se ajustava ao modo pelo qual a
ciência real nasce e se desenvolve ao longo do tempo. Essa percepção da
inadequação histórica das idéias usuais sobre a natureza da ciência o conduziu,
finalmente, à filosofia da ciência. Seus estudos nessa área apareceram
publicados de modo mais amplo em seu livro de 1962, A Estrutura das Revoluções Científicas. Esse trabalho viria a
exercer uma influência decisiva nos rumos da filosofia da ciência. Embora em
uma linguagem aparentemente acessível, Kuhn avança nele teses bastante
sofisticadas sobre o conhecimento científico e o conhecimento em geral, que
receberam críticas filosóficas diversas ao longo dos anos. Naturalmente, este
não é o lugar para adentrarmos essas discussões. Limitar-nos-emos a expor simplificadamente alguns dos pontos destacados por Kuhn e
que aglutinaram as atenções dos filósofos da ciência nas décadas subseqüentes à
publicação do livro.
A espinha dorsal da concepção kuhniana de
ciência consiste na tese de que o desenvolvimento típico de uma disciplina
científica se dá ao longo da seguinte estrutura aberta:
fase
pré-paradigmática ® ciência normal ® crise ® revolução ®
nova
ciência normal ® nova crise ® nova revolução ® ...
Daremos agora uma explicação simplificada das
noções envolvidas nessa cadeia evolutiva de uma ciência.
A fase
pré-paradigmática representa, por assim dizer, a pré-história de uma ciência,
aquele período no qual reina uma ampla divergência entre os pesquisadores, ou
grupos de pesquisadores, sobre quais fenômenos dever ser estudados, e como o
devem ser, sobre quais devem ser explicados, e segundo quais princípios
teóricos, sobre como os princípios teóricos se inter-relacionam, sobre as
regras, métodos e valores que devem direcionar a busca, descrição,
classificação e explicação de novos fenômenos, ou o desenvolvimento das
teorias, sobre quais técnicas e instrumentos podem ser utilizados, e quais
devem ser utilizados, etc. Enquanto predomina um tal estado de coisas, a
disciplina ainda não alcançou o estatuto de científica,
ou seja, não constitui uma ciência genuína.
Uma disciplina se torna uma ciência quando
adquire um paradigma, encerrando-se a
fase pré-paradigmática e iniciando-se uma fase de ciência normal. Este é o critério de demarcação proposto por Kuhn
para substituir os critérios indutivista e falseacionista. O termo ‘paradigma’ tem uma acepção
bastante elástica no texto original de Kuhn, e não podemos aqui adentrar as
sutilezas de seu significado. Em seu sentido usual, pré-kuhniano,
o termo significa ‘exemplo’, ‘modelo’. Assim, amo, amas, ama, amamos, amais, amam é um paradigma da conjugação do
indicativo presente dos verbos regulares da Língua Portuguesa terminados em ‘ar’.
Kuhn percebeu que a transição para a
maturidade, para a fase científica, de uma disciplina envolve o reconhecimento,
por parte dos pesquisadores, de uma realização científica
exemplar, que defina de maneira mais ou menos clara os principais pontos
de divergência da fase pré-paradigmática. A mecânica de Aristóteles, a óptica
de Newton, a química de Boyle, a teoria da eletricidade de Franklin estão entre
os exemplos dados por Kuhn de paradigmas que fizeram algumas disciplinas
adentrar a fase científica.
É difícil explicitar, especialmente em poucas
palavras, os elementos que entram na formação de um paradigma. Kuhn sustenta
mesmo que essa explicitação nunca pode ser completa. A razão disso é que o
conhecimento de um paradigma é, em parte, tácito,
adquirido pela exposição direta ao modo de fazer ciência
determinado pelo paradigma. Assim, por exemplo, é somente fazendo óptica à maneira de Newton que
se pode conhecer completamente o paradigma óptico newtoniano, ou fazendo eletromagnetismo à maneira de
Maxwell que se pode conhecer completamente o paradigma eletromagnético.
No entanto, podemos, a título de balizamento,
considerar como partes integrantes de um paradigma: uma ontologia, que indique
o tipo de coisa fundamental que constitui a realidade; princípios teóricos
fundamentais, que especifiquem as leis gerais que regem o comportamento dessas
coisas; princípios teóricos auxiliares, que estabeleçam sua conexão com os
fenômenos e as ligações com as teorias de domínios conexos, regras
metodológicas, padrões e valores que direcionem a articulação futura do
paradigma; exemplos concretos de aplicação da teoria; etc.
Um paradigma fornece, pois, os fundamentos
sobre os quais a comunidade científica desenvolve suas atividades. Um paradigma
representa como que um “mapa” a ser usado pelos cientistas na exploração da
Natureza. As pesquisas firmemente assentadas nas teorias,
métodos e exemplos de um paradigma são chamadas por Kuhn de ciência normal. Essas pesquisas visam,
principalmente, a extensão do conhecimento dos fatos que o paradigma identifica
como particularmente significativos, bem como o aperfeiçoamento do ajuste da
teoria aos fatos pela articulação ulterior da teoria e pela observação mais
precisa dos fenômenos.
Um ponto importante destacado por Kuhn é que
enquanto o “mapa” paradigmático estiver se mostrando frutífero, e não surgirem
embaraços sérios no ajuste empírico da teoria, o cientista deve persistir
tenazmente no seu compromisso com o paradigma. Embora a ciência normal seja uma
atividade altamente direcionada, e em um certo sentido
seletiva, essa restrição é essencial ao desenvolvimento da ciência. É
somente centrando sua atenção em uma gama selecionada de fenômenos e princípios
teóricos explicativos que o cientista conseguirá ir fundo no estudo da
Natureza. Nenhuma investigação de fenômenos poderá ser levada a cabo com
sucesso na ausência de um corpo de princípios teóricos e metodológicos que
permitam seleção, avaliação e crítica do que se observa. Aqui se nota um dos
principais enganos da concepção clássica de ciência, que imaginava ser possível
fazer observações neutras. Nas concepções contemporâneas, reconhece-se que
fatos e teorias estão em constante relação de interdependência, como que em
“simbiose”, os primeiros sustentando as últimas e estas contribuindo para a sua
seleção, classificação, concatenação, predição e explicação. De posse de um
corpo de princípios teóricos e regras metodológicas, o cientista não precisa a
cada momento reconstruir os fundamentos de seu campo, começando de princípios
básicos e justificando o significado e uso de cada conceito introduzido, assim
como a relevância de cada fenômeno observado.
Kuhn entende a ciência normal como uma
atividade de resolução de “quebra-cabeças” (puzzles), já que, como eles, ela
se desenvolve segundo regras relativamente bem definidas. Só que na ciência os
quebra-cabeças nos são apresentados pela Natureza. Ao longo da exploração de um
paradigma pode ocorrer que alguns desses quebra-cabeças se mostrem de difícil
solução. O dever do cientista é insistir no emprego das regras e princípios
paradigmáticos fundamentais o quanto possa. Utilizando a analogia, não vale,
por exemplo, cortar um canto de uma peça do quebra-cabeça para que se encaixe
em uma determinada posição. Mas no caso da ciência esse apego ao paradigma, que
é essencial, como indicamos acima, não pode ser levado ao extremo. Quando
quebra-cabeças sem solução a que Kuhn denomina anomalias
se multiplicam, resistem por longos períodos aos melhores esforços dos
melhores cientistas, e incidem sobre áreas vitais da teoria paradigmática,
chegou o tempo de considerar a substituição do próprio paradigma. Nestas
situações de crise, membros mais
ousados e criativos da comunidade científica propõem alternativas de
paradigmas. Perdida a confiança no paradigma vigente, tais alternativas começam
a ser levadas a sério por um número crescente de
cientistas. Instala-se um período de discussões e divergências sobre os
fundamentos da ciência que lembra um pouco o que ocorreu na fase
pré-paradigmática. A diferença básica é que mesmo durante a crise o paradigma
até então adotado não é abandonado, enquanto não surgir um outro que se revele
superior a ele em praticamente todos os aspectos.
Quando um novo paradigma vem a substituir o
antigo, ocorre aquilo que Kuhn chama de revolução
científica. Grande parte das teses filosóficas sofisticadas desse autor que
se tornaram alvo de polêmicas entre os especialistas ligam-se ao que ele assevera
acerca das revoluções científicas. Conforme já alertamos, não constitui
propósito destas notas adentrar esse debate.
* * *
KUHN, T. S.
The Structure of
Scientific Revolutions. 2 ed., enlarged. Chicago and London: University of Chicago Press 1970.
Fonte: http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/structure-sintese.htm
Friday, December 21, 2012
Monday, December 17, 2012
Pedagogia
"A educação talvez seja a única atividade profissional em que o trabalhador pode não se preocupar com a responsabilidade pelo resultado de seu trabalho."
Fonte: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/filos02.htm
Fonte: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/filos02.htm
Friday, December 14, 2012
Thursday, December 13, 2012
Resumo das funciondalidades da JVM7
Recursos de Linguagem
1) Switch com strings
2) Declaração de literais e o uso do underscore
3) try-with-resources e multi-catch
4) Parâmetros para construtor com Genéricos
5) Binary Literals
6) Diamond Syntax
7) Try with Resources
8) Métodos com tipos genéricos
9) Closures
10) Automatic Resource Management (ARM)
11) Properties
Recursos da JVM
1) Performance
2) Operador de verificação de referências null
3) Arrays indexados com 64-bits
4) Acesso indexado à mapas e listas
5) Declaração literal de Collections
6) Suporte multi-linguagem na JVM
7) Mudanças com foco em modularização da plataforma Java
8) G1 Garbage Collector
O temido "Broadcast Storm"
Não existe nada mais tenebroso em uma rede local que um "broadcast
storm" (na tradução literal, tempestade de difusões). Quem já presenciou
um pode perceber que toda a rede para de funcionar, os servidores ficam
extremamente lentos e não há nenhuma pista de onde o problema está
sendo originado. O que fazer para evitar este pesadelo?
Broadcasts são muito comuns na rede. São mensagens enviadas ao endereço de acesso FF-FF-FF-FF-FF-FF. Estas mensagens são replicadas em todas as portas de todos os switches que estão dentro de uma mesma rede ou dentro de uma mesma VLAN.
A principal causa do Broadcast Storms são "loops" na rede. Locais onde um switch é ligado a outro por mais de um cabo. O protocolo Spanning-Tree deveria evitar este problema, mas se estiver desabilitado ou com problema, o storm pode aparecer.
Alguns vírus podem causar um "storm" também (de menores proporções). Os vírus começam a buscar novas máquinas para infectar enviando um pacote de "arp" (address resolution protocol) para todas as máquinas dentro da faixa de endereços. Se o endereçamento de rede é classe B, isto significa 65535 broadcasts a cada tentativa.
Algums impressoras tem drivers que fazem o mesmo na busca de um impressora. Um antigo driver da HP Laserjet 3 causava este problema quando os drivers estavam instalados nas máquinas e a impressora era removida. Todos os usuários iniciavam uma procura pela impressora fazendo broadcasts pela rede. Com uma rede de 500 nós com acesso à esta impressora, significava 500 estações fazendo broadcast ao mesmo tempo.
A maioria dos swicthes hoje possui controle para Broadcast Storm que evita que a rede fique congestionada limitando o número de broadcasts simultâneos. No entanto, como esta solução bloqueia também broadcasts legítimos, alguns problemas intermitentes podem ocorrer.
O uso correto do protocolo Spanning-Tree pode evitar os problemas de Loops. Cuidado, pois muitos switches tem implementações com bugs deste protocolo.
Broadcasts são muito comuns na rede. São mensagens enviadas ao endereço de acesso FF-FF-FF-FF-FF-FF. Estas mensagens são replicadas em todas as portas de todos os switches que estão dentro de uma mesma rede ou dentro de uma mesma VLAN.
O que causa?
Um Broadcast storm ocorre quando uma mensagem gera uma resposta que gera uma nova mensagem em um efeito de bola de neve.A principal causa do Broadcast Storms são "loops" na rede. Locais onde um switch é ligado a outro por mais de um cabo. O protocolo Spanning-Tree deveria evitar este problema, mas se estiver desabilitado ou com problema, o storm pode aparecer.
Alguns vírus podem causar um "storm" também (de menores proporções). Os vírus começam a buscar novas máquinas para infectar enviando um pacote de "arp" (address resolution protocol) para todas as máquinas dentro da faixa de endereços. Se o endereçamento de rede é classe B, isto significa 65535 broadcasts a cada tentativa.
Algums impressoras tem drivers que fazem o mesmo na busca de um impressora. Um antigo driver da HP Laserjet 3 causava este problema quando os drivers estavam instalados nas máquinas e a impressora era removida. Todos os usuários iniciavam uma procura pela impressora fazendo broadcasts pela rede. Com uma rede de 500 nós com acesso à esta impressora, significava 500 estações fazendo broadcast ao mesmo tempo.
Como detectar?
Use um analisador de protocolo e filtre apenas os broadcasts. Se sua rede esta experimentando mais de 500 broadcasts por segundo, certamente você está enfrentando o problema. Broadcasts acima de 100 por segundo já são indesejáveis. Em um storm com loop, muitas vezes você vai ver dezenas de milhares de broadcasts por segundo (rede no chão).Como se previnir?
Switches camada 3 permitem a segmentação de rede em várias VLANs. Os Broadcasts não atravessam as VLANs permitindo que o problema fique contido.A maioria dos swicthes hoje possui controle para Broadcast Storm que evita que a rede fique congestionada limitando o número de broadcasts simultâneos. No entanto, como esta solução bloqueia também broadcasts legítimos, alguns problemas intermitentes podem ocorrer.
O uso correto do protocolo Spanning-Tree pode evitar os problemas de Loops. Cuidado, pois muitos switches tem implementações com bugs deste protocolo.
Tuesday, December 11, 2012
Instale o Oracle Java (JDK) 7 no Ubuntu 12.04 e 11.10
Devido a nova licença do Java, o Oracle JDK foi removido do repositório oficial do Ubuntu.
Para instalá-lo devemos usar PPAs de terceiros o que não é uma garantia de 100%. Use por sua conta e risco!
Abra o terminal e remova o OpenJDK:
Para instalá-lo devemos usar PPAs de terceiros o que não é uma garantia de 100%. Use por sua conta e risco!
Abra o terminal e remova o OpenJDK:
- sudo add-apt-repository ppa:webupd8team/java
- sudo apt-get update
- sudo apt-get install oracle-java7-installer
Monday, December 10, 2012
Chegou a internet das coisas
Os sensores estão invadindo a vida humana. Eles chegam de forma quase imperceptível e ocupam todos os espaços. Sua presença na vida humana tende a crescer de forma exponencial e, por volta de 2020, nossa dependência desses dispositivos de identificação e de comunicação será quase total. Eles serão centenas de milhões, espalhados por todos os lados, embutidos nas paredes, nas portas, nos semáforos, nos prédios, nos móveis, nos aparelhos domésticos, em roupas, sapatos e até em escovas de dentes.
Eles serão ao mesmo tempo nossos anjos da guarda e espiões. De um lado, nos darão, sim, uma sensação de maior segurança. De outro, entretanto, talvez possam violar nossa privacidade, ao colher e transmitir dados sobre tudo que existe à nossa volta, inclusive sobre nós mesmos.
É claro que os sensores terão muito mais funções relevantes e essenciais em nosso cotidiano, como a proteção do meio ambiente, a vigilância das ruas, a supervisão dos espaços públicos e privados, a racionalização do consumo de energia e o monitoramento de pacientes em hospitais e em residências.
Nossos conhecidos
Diversos tipos de sensores já são nossos conhecidos, entre os quais, os dispositivos de identificação por radiofrequência (RFIDs, de Radiofrequency Identification Devices), usados nos pedágios de muitas estradas, como os do tipo Sem Parar. Com eles, a cancela é acionada automaticamente após a leitura dos dados de cada veículo.
Outros sensores populares são aqueles utilizados no controle de iluminação de nossa casa: eles detectam os raios infravermelhos emitidos pelo corpo humano e acendem as lâmpadas ou ligam o ar condicionado de um quarto ou sala só quando há pessoas nesses ambientes.
Com esses sensores, economiza-se energia e evita-se o desperdício em casas, prédios e locais em que comumente as lâmpadas ficam acesas centenas de horas por mês sem a menor necessidade. Esses mesmos sensores já estão sendo utilizados em sistemas de segurança, porque detectam luz, movimento e radiações.
O grande sucesso, nos últimos tempos, entretanto, é dos sistemas de chips microeletromecânicos, conhecidos pela sigla MEMS (Microelectromechanical Systems), que combinam funções eletrônicas com funções mecânicas em escala de microscópica, quase nanométrica.
Na próxima semana, pela primeira vez na história do maior evento de eletrônica de entretenimento do mundo, o Consumer Electronics Show (CES), de Las Vegas, haverá uma seção inteiramente dedicada aos MEMS e suas aplicações individuais ou em redes de sensores sem fio (Wireless Sensor Networks).
Outra seção dessa feira de Las Vegas que deve atrair a atenção dos especialistas é a das novas gerações de chips multinúcleos, para processamento gráfico, produção de imagens tridimensionais (3D), comunicações móveis e projetos assistidos por computador (CAD, de Computer-Aided Design).
Esses microprocessadores avançados prometem revolucionar os equipamentos de tecnologia pessoal, tais como smartphones, laptops, tablets e desktops. Além dos recursos avançados de computação, eles economizam energia.
Internet das coisas
O desenvolvimento dos sensores viabiliza uma das formas mais admiráveis de internet do futuro: a internet das coisas. A ideia dessa nova web nasceu no MIT Auto-ID Laboratory, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e ganhou o nome de Internet of Things (IoT), partindo de um objetivo bem simples: criar um sistema global de registro de bens, utilizando um código de produto eletrônico (Electronic Product Code), como sistema de numeração.
A boa notícia é que os dispositivos essenciais para viabilizar o conceito de internet das coisas já estão prontos e disponíveis no mundo da tecnologia microeletrônica. São, acima de tudo, os sensores dedicados, os identificadores RFIDs e as redes de sensores sem fio.
Quando cada coisa ou objeto pode ter sua identidade e seu endereço, tudo fica mais fácil e prático para que ele seja tratado virtualmente na internet. Assim, os sensores nos permitirão localizar cada objeto, saber seu conteúdo, ordená-lo, classificá-lo ou manipulá-lo.
O exemplo mais banal é o da geladeira que nos avisa de tudo que está no fim ou vai faltar. A internet das coisas já se torna particularmente útil para muitas pessoas e instituições que dispõem de grandes bibliotecas com milhares de livros ou discotecas com elevado número de CDs, DVDs ou Blu-rays. Com a nova web, localizaremos instantaneamente cada peça, obra, autor, editora ou intérprete, editora, orquestra, data de gravação ou edição, preço, história e tudo o mais.
Entre suas muitas aplicações, a internet das coisas poderá ser utilizada nos sistemas de controle automático dos semáforos e de controle de trânsito. Ou nas empresas de transporte coletivo, informando aos passageiros o horário exato em que cada ônibus ou trem vai passar pelos pontos de parada. Ou ainda equilibrar a oferta de veículos em função da demanda de cada horário.
O papel da internet das coisas poderá ser revolucionário ainda nos supermercados, nos sistemas de distribuição postal, nos almoxarifados e estoques de milhões de peças e componentes.
Com essa nova web, a ordem poderá, finalmente, triunfar sobre o caos.
Saturday, December 08, 2012
O APRENDIZ DE LÍNGUAS BEM-SUCEDIDO É AQUELE QUE
(1) Tem consciência de que línguas são fundamentalmente fenômenos orais;
(2) Fala unicamente a língua-alvo no ambiente de aprendizado;
(3) Possui autoconfiança e não tem receio de cometer erros, mas está sempre atento em busca das formas mais usuais;
(4) Esforça-se na arte da imitação para alcançar uma pronúncia correta;
(5) Busca significado pelo contexto em vez de traduzir;
(6) Atitude pouco questionadora quanto às irregularidades da língua: aprende mais por intuição do que por dedução;
(7) É mais protagonista do que espectador;
(8) É perseverante ao invés de ansioso por resultados;
(9) Dedica parte de seu tempo livre para atividades suplementares;
(10) Toma as rédeas de seu aprendizado, sem delegá-lo a terceiros.
Fonte: www.sk.com.br/sk-gdstu.html
(2) Fala unicamente a língua-alvo no ambiente de aprendizado;
(3) Possui autoconfiança e não tem receio de cometer erros, mas está sempre atento em busca das formas mais usuais;
(4) Esforça-se na arte da imitação para alcançar uma pronúncia correta;
(5) Busca significado pelo contexto em vez de traduzir;
(6) Atitude pouco questionadora quanto às irregularidades da língua: aprende mais por intuição do que por dedução;
(7) É mais protagonista do que espectador;
(8) É perseverante ao invés de ansioso por resultados;
(9) Dedica parte de seu tempo livre para atividades suplementares;
(10) Toma as rédeas de seu aprendizado, sem delegá-lo a terceiros.
Fonte: www.sk.com.br/sk-gdstu.html
Add items to Ubuntu 12.04 Unity Launcher (quicklaunch)
The recent upgrade to Ubuntu 12.04 Precise Pangolin left me somewhat hanging when it comes to creating launchers on the desktop, and also in the Unity Launcher (also called quicklaunch in some places) for Zend Studio and PHPStorm. In Gnome prior to Unity in Ubuntu it was easy to right click the desktop and select Create Launcher to create icons on the desktop to launch applications or scripts, but in 12.04 that options is gone. So here is how I solved some of the issues.
Method 1
For Netbeans and Eclipse based editors like Zend Studio or Aptana it is not too bad. I created a *.desktop files for each one and put it in the /usr/share/applications/ folder. I believe you can also create a folder in /home/username/.local/applications/ and put it there instead, but I have not tested it. Here is how I created a zendstudio.desktop file:
After creating the file above I then launched Zend Studio by going to the Zend folder in my home directory and double clicking the ZendStudio executable. Once the application is running I right clicked the icon in the Unity Launcher and select “Lock to Launcher”. Now the application stays in the Unity Launcher.
The above worked for most applications, but did NOT work for PHPStorm which launches by using a shell script named PhpStorm.sh. I tried doing the method above, and I also tried creating the desktop file and then dragging and dropping it to the Launcher, and that did not work either.
Method 1
For Netbeans and Eclipse based editors like Zend Studio or Aptana it is not too bad. I created a *.desktop files for each one and put it in the /usr/share/applications/ folder. I believe you can also create a folder in /home/username/.local/applications/ and put it there instead, but I have not tested it. Here is how I created a zendstudio.desktop file:
[Desktop Entry]
Version=1.0
Name=Zend Studio
GenericName=Zend Studio
X-GNOME-FullName=Zend Studio PHP IDE
Comment=PHP IDE for PHP development
Type=Application
Categories=Application;Development;PHP;IDE;Programming
Exec=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/ZendStudio
TryExec=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/ZendStudio
Terminal=false
StartupNotify=true
Icon=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/icon.xpm
Version=1.0
Name=Zend Studio
GenericName=Zend Studio
X-GNOME-FullName=Zend Studio PHP IDE
Comment=PHP IDE for PHP development
Type=Application
Categories=Application;Development;PHP;IDE;Programming
Exec=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/ZendStudio
TryExec=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/ZendStudio
Terminal=false
StartupNotify=true
Icon=/home/username/Zend/ZendStudio-9.0.2/icon.xpm
After creating the file above I then launched Zend Studio by going to the Zend folder in my home directory and double clicking the ZendStudio executable. Once the application is running I right clicked the icon in the Unity Launcher and select “Lock to Launcher”. Now the application stays in the Unity Launcher.
The above worked for most applications, but did NOT work for PHPStorm which launches by using a shell script named PhpStorm.sh. I tried doing the method above, and I also tried creating the desktop file and then dragging and dropping it to the Launcher, and that did not work either.
Thursday, December 06, 2012
Friday, November 30, 2012
MARINALEDA, Uma Cidade Cooperativa
(Portugal, 2012, 26 min.)
Marinaleda, essa cidade existe. Depois de ocupações, prisões e muito suor, um grupo de sem terras conseguiu exigir reforma agrária numa terra que antes era de apenas 4 pessoas. Essa cidade é a mais socialista das cidades espanholas. Há mais de 30 anos o povo elege o mesmo prefeito. O resultado é que num país onde a crise e o desemprego atingiu quase todas as famílias, em Marinaleda a taxa é quase zero, assim como a criminalidade. Não há policia nas ruas e a prestação das casas é de apenas 15 euros (a média espanhola é de 1000 euros), pois todos participam da construção da própria casa. A creche custa 2 euros ao mês e não há fila de espera. Os principais atos de gestão são decididos através de Assembleias Populares, a forma mais aut~entica de democracia direta. Esta cidade é a prova que o capitalismo está ruindo e que novas formas de sociedade tem que surgir. (docverdade)
Thursday, November 29, 2012
Saturday, November 24, 2012
Como adquirir fluência em inglês
1) Ter interesse por determinada palavra, ter curiosidade em aprendê-la. O interesse é fundamental.
2) Entender todas as maneiras de se usá-la. Fluência é, acima de tudo, saber usar bem o vocabulário que se aprende.
3) Observar contextos em que uma palavra é usada, uso este que deve ser da mesma forma que um nativo o faz.
4) Criar idéias com esta palavra seguindo a linha de raciocínio de um "native speaker, que é natural.
5) Ter em mente a pronúncia mais adequada.
6) Ter um contato frequente e uma visualização breve em pequenos intervalos: trabalho, escola, reuniões, filas de banco, etc. Para isto, por exemplo, uma pequena lista de termos e exemplos de uso pode ajudar bastante.
7) Ter em mente que sempre é bom por em prática tudo que está sendo internalizado(aprendido), é normal que nossa memória "descarte"informação que não está sendo usada.
Excerto de A Gaia Ciência - Nietzsche
"Causa e efeito. Dizemos que a ciência «explica», mas, na
realidade, apenas «descreve». Descrevemos hoje melhor, mas explicamos
tão pouco quanto todos os nossos predecessores. Descobrimos uma sucessão
múltipla onde o homem ingénuo e o investigador das civilizações mais
antigas se apercebia apenas de duas coisas: 'causa' e 'efeito', como se
costumava dizer. E deduzimos: isto e isto tem de se dar primeiro para
que depois se siga aquilo - mas, com isso, não compreendemos
absolutamente nada. Em qualquer processo químico, por exemplo, as
transformações continuam, tal como antes, a aparecer como um «milagre». E
como haveríamos nós de conseguir explicá-las? Operamos unicamente com
coisas que não existem, com linhas, com superfícies, corpos, átomos,
tempos divisíveis, espaços divisíveis! Como seria possível sequer uma
explicação, se traduzimos tudo primeiro numa imagem, na nossa própria
imagem! Na verdade, temos à nossa frente um continuum, de que isolamos
algumas partes, da mesma maneira que, num movimento, nos apercebemos
apenas de pontos isolados e, portanto, não vemos, na realidade, esse
movimento, mas deduzimos que existe. Um intelecto que visse a causa e o
efeito como um continuum, e não, à nossa maneira, como parcelamento e
fragmentação arbitrários, que visse o curso do acontecer, repudiaria o
conceito de causa e efeito e negaria toda a condicionalidade." (112)
Tuesday, November 20, 2012
Ferramentas de monitoramento
Abaixo são apresentadas algumas ferramentas úteis para análise e monitoramento do serviço de rede, processos, entre outros.
- iptraf: É um monitor de rede baseado na biblioteca ncurses que gera diversas estatísticas de rede incluindo informações TCP, contadores UDP, informações de ICMP e OSPF, carga de ethernet entre outros.
- ethstatus: É outro utilitário de monitoramento baseado em console que apresenta dados estatísticos sobre a interface ethernet. Ele é similar ao iptraf, porém foi feito para atuar como uma aplicação permanente para o monitoramento de carga de rede.
- pktstat: Apresenta em tempo real, uma lista de conexões ativas em uma interface de rede, e quanto de banda está sendo utilizada por ela.
- iftop: o iftop é para o uso de rede, oque o top é para o uso de CPU. Ele escuta o tráfego de rede em uma determinada interface e apresenta uma tabela de uso corrente de banda por pares de hosts.
- vnstat: Ferramenta de monitoramento baseado em console que apresenta dados de entrada/saída e permite armazenar dados históricos para análise. Também faz um “gráfico” de uso por horário. Não é necessário estar logado como root, pois captura as informações do /proc.
Monitoramento de processos
- whowatch: É um utilitário semelhante ao comando who que apresenta informações sobre os usuários logados na máquina em tempo real. Além das informações padrão (login tty, host, processos do usuário) é apresentado o tipo da conexão (telnet/ssh) e permite exibir detalhes sobre os processos, informações do sistema, entre outros.
IRREGULAR VERBS
Base Past Past Portuguese
Form Tense Participle Translation
------- ------- --------------- -------------------
arise arose
arisen surgir,
erguer-se
awake awoke
awoken despertar
be was,
were been ser,
estar
bear bore
borne suportar,
ser portador de
beat beat
beaten bater
become became
become tornar-se
befall befell
befallen acontecer
beget begot
begotten, begot procriar,
gerar
begin began
begun começar
behold beheld
beheld contemplar
bend bent
bent curvar
bet bet
bet apostar
bid bid
bid oferecer,
fazer uma oferta
bind bound
bound unir,
encadernar, obrigar-se
bite bit
bitten morder
bleed bled bled
sangrar,
ter hemorragia
blow blew blown
assoprar,
explodir
break broke broken
quebrar
breed bred bred
procriar,
reproduzir
bring brought brought
trazer
broadcast broadcast broadcast
irradiar, transmitir
build built built
construir
buy bought
bought comprar
cast cast
cast atirar,
deitar
catch caught caught
pegar,
capturar
choose chose chosen
escolher
cling clung clung
aderir,
segurar-se
come came
come vir
cost cost
cost custar
creep crept crept
rastejar
cut cut
cut cortar
deal dealt
dealt negociar,
tratar
dig dug
dug cavocar
do did
done fazer
**
draw drew
drawn tracionar,
desenhar **
drink drank drunk
beber
drive drove driven
dirigir,
ir de carro
eat ate
eaten comer
fall fell
fallen cair
feed fed
fed alimentar
feel felt
felt sentir,
sentir-se
fight fought fought
lutar
find found
found achar,
encontrar
flee fled
fled fugir,
escapar
fling flung flung
arremessar
fly flew
flown voar,
pilotar
forbid forbade forbidden proibir
forget forgot forgot,
forgotten esquecer
forgive forgave forgiven
perdoar
freeze froze frozen
congelar,
paralisar
get got
gotten, got
obter **
give gave
given dar
go went
gone ir
grind ground ground
moer
grow grew
grown crescer,
cultivar
have had
had ter,
beber, comer
hear heard
heard ouvir
hide hid
hidden, hid
esconder
hit hit
hit bater
hold held
held segurar
hurt hurt
hurt machucar
keep kept
kept guardar,
manter
know knew
known saber,
conhecer
lay laid
laid colocar
em posição horizontal, assentar
lead led
led liderar
leave left left
deixar,
partir
lend lent
lent dar
emprestado
let let
let deixar,
alugar
lie lay
lain deitar
lose lost
lost perder,
extraviar
make made
made fazer,
fabricar **
mean meant
meant significar,
querer dizer
meet met
met encontrar,
conhecer
overcome overcame overcome
superar
overtake overtook overtaken
alcançar,
surpreender
pay paid
paid pagar
put put
put colocar
quit quit
quit abandonar
read read
read ler
ride rode
ridden andar
ring rang
rung tocar
(campainha, etc.)
rise rose
risen subir,
erguer-se
run ran
run correr,
concorrer, dirigir
saw sawed
sawn serrar
say said
said dizer
see saw
seen ver
seek sought
sought procurar
obter, objetivar
sell sold
sold vender
send sent
sent mandar
set set
set pôr
em determinada condição, marcar, ajustar **
shake shook shaken
sacudir,
tremer
shed shed
shed soltar,
deixar cair **
shine shone shone
brilhar,
reluzir
shoot shot shot
atirar,
alvejar
show showed
shown mostrar,
exibir
shrink shrank shrunk
encolher,
contrair
shut shut
shut fechar,
cerrar
sing sang
sung cantar
sink sank
sunk afundar,
submergir
sit sat
sat sentar
slay slew
slain
matar, assassinar
sleep slept slept
dormir
slide slid slid
deslizar,
escorregar
sling slung slung
atirar,
arremessar
speak spoke spoken
falar
spend spent spent
gastar
spin spun
spun
fiar, rodopiar
spit spit,
spat spit, spat cuspir
spread spread spread
espalhar
spring sprang sprung
fazer
saltar
stand stood stood
parar
de pé, agüentar
steal stole stolen
roubar
stick stuck stuck
cravar,
fincar, enfiar
sting stung stung
picar
(inseto)
stink stank stunk
cheirar
mal
strike struck struck
golpear,
desferir, atacar
string strung strung
encordoar,
amarrar
strive strove striven
esforçar-se,
lutar
swear swore sworn
jurar,
prometer, assegurar
sweep swept swept
varrer
swim swam
swum nadar
swing swung swung
balançar,
alternar
take took
taken
tomar **
teach taught taught
ensinar,
dar aula
tear tore
torn rasgar,
despedaçar
tell told
told contar
think thought thought
pensar
throw threw thrown
atirar,
arremessar
tread trod trodden
pisar,
trilhar
undergo underwent undergone
submeter-se a,
suportar
understand understood understood
entender
uphold upheld upheld
sustentar,
apoiar, defender
wear wore
worn vestir,
usar, gastar
win won
won vencer,
ganhar
wind wound
wound enrolar,
rodar, dar corda
write wrote written
escrever,
redigir
Sunday, November 18, 2012
Conflitos no Oriente Médio
O Oriente Médio consiste hoje no pólo de maior tensão mundial. Essa
condição surge desde a Antigüidade, quando vários povos tentaram, e
muitos conseguiram, invadir e dominar essa região, pois assim teriam o
controle das rotas comerciais entre Ocidente e Oriente. Essas várias e
constantes invasões acabaram por gerar uma multiplicidade de raças e
culturas na região. Outro fato que colaborou para colocar o Oriente
Médio como centro de atenções foi o fato de que lá são encontradas as
maiores reservas de petróleo do planeta. Como esse produto é hoje a base
do desenvolvimento capitalista (principal produto), quem tiver o
domínio dessa região poderá ser chamado de Mister Petróleo.
Candidatos para essa posição não faltaram. Também devemos adicionar a esse processo o fato de a região ser predominantemente árida e, portanto, os pontos com uma maior umidade são disputados com muita vontade pelos pretendentes.
O subdesenvolvimento e todas as suas conseqüências também fazem parte desse local. Com toda essa gama de fatores, o resultado não poderia ser outro, gerando um "barril de pólvora" prestes a explodir a qualquer momento. A nível didático, vamos dividir todos esses conflitos em três grupos:
1. A Questão Árabe-Israelense
Perseguidos por formar uma Nação sem Estado, o povo judeu promove o retorno à Pátria, procurando retornar ao local de sua origem: a Palestina. Esse processo foi lento e gradual, mas sempre encontrou a reação dos árabes que passaram a ocupar essa região com a diáspora dos judeus. Para evitar conflitos mais violentos, tropas inglesas faziam a vigilância da Palestina. Com a Segunda Grande Guerra, o movimento sionista é acelerado pela perseguição nazista e, por outro lado, a Inglaterra não tem condições de continuar a fazer a vigilância da região.
Com o final da guerra, a ONU resolve fazer a partilha da Palestina, tentando separar árabes e judeus e assim evitar maiores conflitos. Os árabes ficaram com uma área de 11 500 km2, divididos em duas faixas: Gaza e Cisjordânia. Os judeus ficaram com 14 000 km2. Israel passou a ter o status de internacional.
A - Guerra da Independência (48\49)
A Liga Árabe recusa-se a aceitar essa partilha feita pela ONU. Inicia um processo de agressão aos judeus, que negociam na ONU a formação de um Estado como única saída para pôr fim a essas agressões. Israel (primeiro e único Estado judeu) é reconhecido e, no dia seguinte, forças combinadas do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano invadem o recém-criado país. Como já sabia dessa possibilidade de reação por parte dos árabes, Israel se preparou para a defesa e não só expulsou os invasores como também invadiu-os, tomando para si a região das colinas de Golã (Síria) e a península do Sinai (Egito).
B - Guerra de Suez (56)
No Egito, Gamal Abdel Nasser chega ao poder com sua política do Pan-Arabismo (união árabe contra os inimigos comuns). Era inaugurado o período de cooperação entre Cairo e Moscou, o que coloca em questão a dominação dos países dessa região pelas antigas Nações européias. Nasser nacionaliza a Cia. Universal do Canal de Suez e passa a controlar todo o tráfego do canal, proibindo os navios considerados inimigos de passarem por lá.
Israel lança um ataque à cidade de Port Said, na entrada do canal, com suas tropas sendo comandadas pelo general Moshe Dayan. Ao mesmo tempo, forças inglesas e francesas bombardeiam Alexandria e Cairo, as duas maiores cidades do Egito. Moscou reage ao ataque com um discurso contrário à agressão e a ONU ordena o fim dos ataques e manda para a região suas tropas de paz. Apesar da derrota militar, Nasser sai fortalecido, pois passa a ser visto pelos árabes como a única real ameaça aos judeus.
C - Guerra dos 6 dias (67)
Acreditando na possibilidade de derrotar os judeus, Nasser rearma seu exército com equipamentos soviéticos e se prepara para atacar Israel. Antes disso, Nasser faz um acordo com a Síria (RAU - Repúblicas Árabes Unidas) e pressiona a ONU para retirar suas tropas de paz do canal de Suez. O Egito retoma o controle do canal, invadindo mais uma vez a região. No dia 5 de julho, Israel faz um ataque relâmpago e abate as tropas egípcias, que nem tiveram tempo para reagir. Diante da luta, a Síria ataca o norte de Israel e a Jordânia abre fogo contra Jerusalém. Em apenas seis dias o exército judeu controla a situação, mostrando sua superioridade. Os árabes, agora militarmente humilhados, teriam que encontrar outras táticas para reconquistarem suas terras.
D - Guerra do Yom Kippur (73)
Com a morte de Nasser, em 1970, sobe ao poder egípcio Anuar Sadat, que tinha uma outra visão para solucionar o impasse com os israelenses. Buscando uma solução regional, Sadat afasta-se da URSS e aproxima-se de Washington. Mesmo assim o Sinai não é devolvido e Sadat mais uma vez ataca Israel. No dia 6 de outubro, feriado sagrado para os judeus, as tropas egípcias e sírias atacam novamente, e mais uma vez são derrotados pelo exército de Israel, que decide invadir de vez estes dois inimigos, acabando definitivamente com seus soldados.
Diante do quadro, os presidentes americano (Nixon) e soviético (Brejnev) se reúnem para propor em conjunto um acordo para o Oriente Médio. Os Acordos de Camp David são assinados em 79 por Sadat (Egito) e Begin (Israel). O Egito recebe de volta suas terras no Sinai, mas passa a ser visto pelo mundo árabe como um traidor da causa, uma vez que se reuniu com os judeus e não irá mais atacá-los. Isso levará Sadat ao assassinato por parte de seu próprio exército durante uma parada militar. Por outro lado, as faixas palestinas árabes permaneciam sob domínio militar de Israel.
2. A Luta pela Hegemonia Política
O mundo árabe sempre foi muito disputado por pessoas que pretendiam usar a unidade árabe (levante) para se destacar no cenário mundial. O título de Mister Petróleo, que os tornaria o homem mais importante do mundo, sempre levantou a cobiça de alguns. Por outro lado, apoiado na expansão do Islamismo e na unidade lingüística, o Pan-Arabismo surgiu desde a Idade Média.
Com a morte de Nasser e sua substituição por Sadat, que tinha uma política menos agressiva e mais próxima do Ocidente, o que desagradava o mundo árabe, o Iraque e a Síria passam a disputar essa liderança. Já o Irã, que não é um país árabe (é persa), propõe uma unidade muçulmana baseada nos fundamentos do Islã. É nesse cenário que se irá disputar a luta pela hegemonia política no Oriente Médio.
A - A "Grande Síria" e o Líbano
Em 1971, Hafez Assad assume o poder na Síria e leva consigo a idéia da "Grande Síria", que implicava na expansão territorial sobre o Líbano (considerado um Estado artificial criado pela colonização francesa). O Líbano é um país dividido entre dois grupos: os cristãos e os muçulmanos. A capital Beirute é dividida em duas partes. Foi feito um acordo, em 1943, que equalizava as forças da época: a Câmara seria formada por 53 cristãos e 46 muçulmanos, a liderança era de um muçulmano xiita e o primeiro-ministro um muçulmano sunita. O presidente seria um cristão maronita. Como a população muçulmana cresceu mais que a cristã, o governo recusava-se a fazer um novo censo com medo de perder a maioria. Isso acaba numa guerra civil entre os dois grupos (1976). Aproveitando-se disso, a Síria invade o Líbano com a desculpa de ajudar os árabes. Israel também aproveita para invadir o Líbano e procura guerrilheiros terroristas que faziam suas bases em território libanês. O resultado foi um país dividido até hoje.
B - Guerra Irã-Iraque
Ocorre entre 1980 e 88, violenta e prolongada, foi o resultado da chegada ao poder, em 79, de Saddam Hussein com o objetivo de liderar o mundo árabe. No mesmo ano, uma Revolução Fundamentalista instaura uma ditadura do clero islâmico com o Aiatolá Khomeini. A inquietação dos vizinhos, somada aos interesses externos de países como União Soviética, China e EUA, iniciou uma guerra que iria durar 8 anos, sem, no entanto, podermos detectar um vencedor (a desculpa para justificar a guerra foi a questão da navegação no Chat-el-arab). A morte do Aiatolá Khomeini em 89 e a mudança dos alvos na expansão de Saddam puseram fim a essa guerra.
C - Guerra do Golfo (1990)
Enquanto Irã e Iraque se indispunham numa guerra sem vencedores, os EUA aproximaram-se do Kwait e da Arábia Saudita, exercendo na prática o poder que estava em disputa. Saddam Hussein passa então a direcionar seu poder de fogo para estes dois aliados americanos no Oriente Médio. Em agosto de 1990 o Iraque invade e anexa o Kwait ao seu território. Preparava-se para atacar a Arábia Saudita quando os EUA questionaram essa invasão promovida por Saddam e a ONU foi radicalmente contra, pedindo a imediata retirada das tropas iraquianas do Kwait.
Como não atendeu à ONU, os EUA lideram uma força para repreender Saddam. Nesta guerra foi testado que de mais moderno existe em equipamento militar, não havendo a menor chance para Saddam. Neste conflito morreram cerca de 100 mil pessoas, a grande maioria civis iraquianos de Bagdá. Saddam foi obrigado a aceitar o cessar-fogo incondicional para não ser massacrado. Com isso o Kwait foi libertado e traçou-se uma linha de defesa ao redor deste país onde Saddam não pode mais circular com suas tropas em hipótese nenhuma.
3. A Questão Palestina
Para evitar o confronto entre árabes e judeus na Palestina, a Liga das Nações deu à Inglaterra o encargo de patrulhar com suas tropas esse território, tarefa que foi cumprida até o término da II Guerra, quando, arrasada pelos ataques de Hitler, a Inglaterra não possuía condições de continuar essa tarefa. Essa impossibilidade inglesa coincidiu com o retorno maciço dos judeus para a Palestina, causado principalmente pelo "holocausto". Diante desse quadro, a ONU promove a partilha da Palestina. A criação do Estado judeu de Israel gerou vários conflitos, como já vimos, mas sempre derrotados pelo superior poder de fogo israelense, os árabes palestinos partem para a criação de um Estado próprio. Essa proposta é negada pela ONU, que teme novas guerras caso ela aconteça. Diante dessa negativa, é criada na Conferência de Cúpula Árabe de Alexandria, em 1964, a OLP (Organização para Libertação da Palestina), que une grupos de várias tendências ideológicas, mas que têm em comum a intenção de criar a Palestina. Num primeiro momento, os grupos mais radicais contam com grande simpatia da população e passam a fazer uso do terrorismo para intimidar Israel e seus aliados.
Como a resposta israelense era sempre muito dura, esses grupos (como a Al Fatah) foram perdendo apoio e foram substituídos por correntes moderadas dentro da OLP. Começa a conversação entre árabes e judeus no sentido de se buscar a paz para a região. Muito difícil, houve a grande participação dos EUA nesse processo de negociação que começava a dar seus primeiros frutos quando Saddam Hussein, durante a Guerra do Golfo (1990), ataca Israel com seus mísseis Scud, tentando colocar esse país na guerrra para usar do antisemitismo árabe e tenta unir a Liga Árabe ao seu redor, reaquece as lideranças extremistas da OLP, que voltam a praticar o terrorismo como forma de pressionar Israel. Mas o medo de Saddam atingir seus objetivos acabou por isolá-lo. O resultado é a busca de uma paz negociada para a região, o que começa a acontecer em 1992, com uma Conferência de Paz em Madrid. Os grandes rivais dessa paz negociada são os grupos extremistas que, dos dois lados, colocam essa negociação como uma traição às suas causas e assim buscam uma radicalização que traz a guerra e afasta a paz. No final de 93, Rabin vence as eleições em Israel e promove uma nova negociação pela paz com Arafat. Um acordo assinado em 13/10/93 (Gaza-Jericó) reconhece o inimigo como legítimo e retira a ocupação israelense em Gaza. A radicalização por parte dos árabes e o assassinato de Rabin, por extremistas judeus, reacende o fogo da rivalidade e a Palestina retorna hoje a mais um momento de instabilidade.
Candidatos para essa posição não faltaram. Também devemos adicionar a esse processo o fato de a região ser predominantemente árida e, portanto, os pontos com uma maior umidade são disputados com muita vontade pelos pretendentes.
O subdesenvolvimento e todas as suas conseqüências também fazem parte desse local. Com toda essa gama de fatores, o resultado não poderia ser outro, gerando um "barril de pólvora" prestes a explodir a qualquer momento. A nível didático, vamos dividir todos esses conflitos em três grupos:
1. A Questão Árabe-Israelense
Perseguidos por formar uma Nação sem Estado, o povo judeu promove o retorno à Pátria, procurando retornar ao local de sua origem: a Palestina. Esse processo foi lento e gradual, mas sempre encontrou a reação dos árabes que passaram a ocupar essa região com a diáspora dos judeus. Para evitar conflitos mais violentos, tropas inglesas faziam a vigilância da Palestina. Com a Segunda Grande Guerra, o movimento sionista é acelerado pela perseguição nazista e, por outro lado, a Inglaterra não tem condições de continuar a fazer a vigilância da região.
Com o final da guerra, a ONU resolve fazer a partilha da Palestina, tentando separar árabes e judeus e assim evitar maiores conflitos. Os árabes ficaram com uma área de 11 500 km2, divididos em duas faixas: Gaza e Cisjordânia. Os judeus ficaram com 14 000 km2. Israel passou a ter o status de internacional.
A - Guerra da Independência (48\49)
A Liga Árabe recusa-se a aceitar essa partilha feita pela ONU. Inicia um processo de agressão aos judeus, que negociam na ONU a formação de um Estado como única saída para pôr fim a essas agressões. Israel (primeiro e único Estado judeu) é reconhecido e, no dia seguinte, forças combinadas do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano invadem o recém-criado país. Como já sabia dessa possibilidade de reação por parte dos árabes, Israel se preparou para a defesa e não só expulsou os invasores como também invadiu-os, tomando para si a região das colinas de Golã (Síria) e a península do Sinai (Egito).
B - Guerra de Suez (56)
No Egito, Gamal Abdel Nasser chega ao poder com sua política do Pan-Arabismo (união árabe contra os inimigos comuns). Era inaugurado o período de cooperação entre Cairo e Moscou, o que coloca em questão a dominação dos países dessa região pelas antigas Nações européias. Nasser nacionaliza a Cia. Universal do Canal de Suez e passa a controlar todo o tráfego do canal, proibindo os navios considerados inimigos de passarem por lá.
Israel lança um ataque à cidade de Port Said, na entrada do canal, com suas tropas sendo comandadas pelo general Moshe Dayan. Ao mesmo tempo, forças inglesas e francesas bombardeiam Alexandria e Cairo, as duas maiores cidades do Egito. Moscou reage ao ataque com um discurso contrário à agressão e a ONU ordena o fim dos ataques e manda para a região suas tropas de paz. Apesar da derrota militar, Nasser sai fortalecido, pois passa a ser visto pelos árabes como a única real ameaça aos judeus.
C - Guerra dos 6 dias (67)
Acreditando na possibilidade de derrotar os judeus, Nasser rearma seu exército com equipamentos soviéticos e se prepara para atacar Israel. Antes disso, Nasser faz um acordo com a Síria (RAU - Repúblicas Árabes Unidas) e pressiona a ONU para retirar suas tropas de paz do canal de Suez. O Egito retoma o controle do canal, invadindo mais uma vez a região. No dia 5 de julho, Israel faz um ataque relâmpago e abate as tropas egípcias, que nem tiveram tempo para reagir. Diante da luta, a Síria ataca o norte de Israel e a Jordânia abre fogo contra Jerusalém. Em apenas seis dias o exército judeu controla a situação, mostrando sua superioridade. Os árabes, agora militarmente humilhados, teriam que encontrar outras táticas para reconquistarem suas terras.
D - Guerra do Yom Kippur (73)
Com a morte de Nasser, em 1970, sobe ao poder egípcio Anuar Sadat, que tinha uma outra visão para solucionar o impasse com os israelenses. Buscando uma solução regional, Sadat afasta-se da URSS e aproxima-se de Washington. Mesmo assim o Sinai não é devolvido e Sadat mais uma vez ataca Israel. No dia 6 de outubro, feriado sagrado para os judeus, as tropas egípcias e sírias atacam novamente, e mais uma vez são derrotados pelo exército de Israel, que decide invadir de vez estes dois inimigos, acabando definitivamente com seus soldados.
Diante do quadro, os presidentes americano (Nixon) e soviético (Brejnev) se reúnem para propor em conjunto um acordo para o Oriente Médio. Os Acordos de Camp David são assinados em 79 por Sadat (Egito) e Begin (Israel). O Egito recebe de volta suas terras no Sinai, mas passa a ser visto pelo mundo árabe como um traidor da causa, uma vez que se reuniu com os judeus e não irá mais atacá-los. Isso levará Sadat ao assassinato por parte de seu próprio exército durante uma parada militar. Por outro lado, as faixas palestinas árabes permaneciam sob domínio militar de Israel.
2. A Luta pela Hegemonia Política
O mundo árabe sempre foi muito disputado por pessoas que pretendiam usar a unidade árabe (levante) para se destacar no cenário mundial. O título de Mister Petróleo, que os tornaria o homem mais importante do mundo, sempre levantou a cobiça de alguns. Por outro lado, apoiado na expansão do Islamismo e na unidade lingüística, o Pan-Arabismo surgiu desde a Idade Média.
Com a morte de Nasser e sua substituição por Sadat, que tinha uma política menos agressiva e mais próxima do Ocidente, o que desagradava o mundo árabe, o Iraque e a Síria passam a disputar essa liderança. Já o Irã, que não é um país árabe (é persa), propõe uma unidade muçulmana baseada nos fundamentos do Islã. É nesse cenário que se irá disputar a luta pela hegemonia política no Oriente Médio.
A - A "Grande Síria" e o Líbano
Em 1971, Hafez Assad assume o poder na Síria e leva consigo a idéia da "Grande Síria", que implicava na expansão territorial sobre o Líbano (considerado um Estado artificial criado pela colonização francesa). O Líbano é um país dividido entre dois grupos: os cristãos e os muçulmanos. A capital Beirute é dividida em duas partes. Foi feito um acordo, em 1943, que equalizava as forças da época: a Câmara seria formada por 53 cristãos e 46 muçulmanos, a liderança era de um muçulmano xiita e o primeiro-ministro um muçulmano sunita. O presidente seria um cristão maronita. Como a população muçulmana cresceu mais que a cristã, o governo recusava-se a fazer um novo censo com medo de perder a maioria. Isso acaba numa guerra civil entre os dois grupos (1976). Aproveitando-se disso, a Síria invade o Líbano com a desculpa de ajudar os árabes. Israel também aproveita para invadir o Líbano e procura guerrilheiros terroristas que faziam suas bases em território libanês. O resultado foi um país dividido até hoje.
B - Guerra Irã-Iraque
Ocorre entre 1980 e 88, violenta e prolongada, foi o resultado da chegada ao poder, em 79, de Saddam Hussein com o objetivo de liderar o mundo árabe. No mesmo ano, uma Revolução Fundamentalista instaura uma ditadura do clero islâmico com o Aiatolá Khomeini. A inquietação dos vizinhos, somada aos interesses externos de países como União Soviética, China e EUA, iniciou uma guerra que iria durar 8 anos, sem, no entanto, podermos detectar um vencedor (a desculpa para justificar a guerra foi a questão da navegação no Chat-el-arab). A morte do Aiatolá Khomeini em 89 e a mudança dos alvos na expansão de Saddam puseram fim a essa guerra.
C - Guerra do Golfo (1990)
Enquanto Irã e Iraque se indispunham numa guerra sem vencedores, os EUA aproximaram-se do Kwait e da Arábia Saudita, exercendo na prática o poder que estava em disputa. Saddam Hussein passa então a direcionar seu poder de fogo para estes dois aliados americanos no Oriente Médio. Em agosto de 1990 o Iraque invade e anexa o Kwait ao seu território. Preparava-se para atacar a Arábia Saudita quando os EUA questionaram essa invasão promovida por Saddam e a ONU foi radicalmente contra, pedindo a imediata retirada das tropas iraquianas do Kwait.
Como não atendeu à ONU, os EUA lideram uma força para repreender Saddam. Nesta guerra foi testado que de mais moderno existe em equipamento militar, não havendo a menor chance para Saddam. Neste conflito morreram cerca de 100 mil pessoas, a grande maioria civis iraquianos de Bagdá. Saddam foi obrigado a aceitar o cessar-fogo incondicional para não ser massacrado. Com isso o Kwait foi libertado e traçou-se uma linha de defesa ao redor deste país onde Saddam não pode mais circular com suas tropas em hipótese nenhuma.
3. A Questão Palestina
Para evitar o confronto entre árabes e judeus na Palestina, a Liga das Nações deu à Inglaterra o encargo de patrulhar com suas tropas esse território, tarefa que foi cumprida até o término da II Guerra, quando, arrasada pelos ataques de Hitler, a Inglaterra não possuía condições de continuar essa tarefa. Essa impossibilidade inglesa coincidiu com o retorno maciço dos judeus para a Palestina, causado principalmente pelo "holocausto". Diante desse quadro, a ONU promove a partilha da Palestina. A criação do Estado judeu de Israel gerou vários conflitos, como já vimos, mas sempre derrotados pelo superior poder de fogo israelense, os árabes palestinos partem para a criação de um Estado próprio. Essa proposta é negada pela ONU, que teme novas guerras caso ela aconteça. Diante dessa negativa, é criada na Conferência de Cúpula Árabe de Alexandria, em 1964, a OLP (Organização para Libertação da Palestina), que une grupos de várias tendências ideológicas, mas que têm em comum a intenção de criar a Palestina. Num primeiro momento, os grupos mais radicais contam com grande simpatia da população e passam a fazer uso do terrorismo para intimidar Israel e seus aliados.
Como a resposta israelense era sempre muito dura, esses grupos (como a Al Fatah) foram perdendo apoio e foram substituídos por correntes moderadas dentro da OLP. Começa a conversação entre árabes e judeus no sentido de se buscar a paz para a região. Muito difícil, houve a grande participação dos EUA nesse processo de negociação que começava a dar seus primeiros frutos quando Saddam Hussein, durante a Guerra do Golfo (1990), ataca Israel com seus mísseis Scud, tentando colocar esse país na guerrra para usar do antisemitismo árabe e tenta unir a Liga Árabe ao seu redor, reaquece as lideranças extremistas da OLP, que voltam a praticar o terrorismo como forma de pressionar Israel. Mas o medo de Saddam atingir seus objetivos acabou por isolá-lo. O resultado é a busca de uma paz negociada para a região, o que começa a acontecer em 1992, com uma Conferência de Paz em Madrid. Os grandes rivais dessa paz negociada são os grupos extremistas que, dos dois lados, colocam essa negociação como uma traição às suas causas e assim buscam uma radicalização que traz a guerra e afasta a paz. No final de 93, Rabin vence as eleições em Israel e promove uma nova negociação pela paz com Arafat. Um acordo assinado em 13/10/93 (Gaza-Jericó) reconhece o inimigo como legítimo e retira a ocupação israelense em Gaza. A radicalização por parte dos árabes e o assassinato de Rabin, por extremistas judeus, reacende o fogo da rivalidade e a Palestina retorna hoje a mais um momento de instabilidade.
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